Gilmar Furtunato foi alvo da Operação Hypnos, deflagrada pela Polícia Civil em março deste ano
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a expedição de carta precatória para cumprimento de mandados de intimação e de busca e apreensão domiciliar contra o motorista de aplicativo Gilmar Fortunato, alvo da Operação Hypnos, que reside no Rio de Janeiro.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (22).
Deflagrada pela Polícia Civil em março, a operação apurou um desvio de R$ 3,2 milhões da Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
O esquema teria sido articulado por meio da contratação da empresa Remocenter Serviços Médicos, que segundo a Polícia Civil, é fantasma e tem “laranjas” como sócios administradores
De acordo com a investigação, Fortunato figurava, formalmente, como sócio-administrador no quadro societário da empresa. A suspeita é de que ele seria um “laranja”, e agia com o objetivo de viabilizar as atividades ilícitas desenvolvidas pelo real administrador, em conluio com a Empresa Cuiabana de Saúde.
Conforme a decisão, a Polícia Civil não conseguiu cumprir os mandados pelo fato dele residir no Rio de Janeiro.
Cinco meses depois, o Ministério Público Estadual (MPE) requereu a expedição de carta precatória para cumprimento dos mandados, o que foi acatado pelo magistrado.
“Outrossim, verificando-se que o investigado Gilmar Fortunato reside na cidade do Rio de Janeiro/RJ, defiro o requerimento ministerial e determino a expedição de carta precatória para cumprimento dos mandados de intimação e de busca e apreensão domiciliar”, decidiu.
Hypnos
A ação prendeu o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e o ex-diretor financeiro da Empresa Cuiabana de Saúde, Eduardo Pereira Vasconcelos.
O empresário Maurício Miranda de Mello, dono na Remocenter Serviços Médico, também teve o mandado de prisão expedido, mas não chegou a ser preso.
Além disso, a Justiça determinou a suspensão dos servidores Raquell Proença Arantes, Jussinane Beatriz Perotto e João Victor Silva de suas funções na Empresa Cuiabana de Saúde até a conclusão da ação penal que investiga esquemas no órgão.
A Justiça também determinou a aplicação de medidas cautelares à Monica Cristina Miranda dos Santos, João Bosco da Silva, Gilmar Fortunato, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Raquell Proença Arantes, Jossiane Beatriz Perotto, João Batista de Deus Júnior e João Victor Silva.
Eles estão proibidos de acessarem as dependências administrativas da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, do Hospital Municipal de Cuiabá e do Hospital Municipal São Benedito.
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Fonte: midianews.com.br