A torcida tricolor, por exemplo, começou a pedir mais oportunidades para alguns jovens como Matheus Alves, Lucas Ferreira e Ryan Francisco – este último brilhou na Copinha e até chegou a ganhar minutos com Zubeldía. Na visão do comandante, porém, é preciso ter cautela no processo de transição para o profissional.
“A base, esses garotos tiveram uma exposição importante com a Copinha, com a conquista dos dois títulos, e creio que fizeram um trabalho excelente. Todo o staff que está na base, o treinador atual e os jogadores, fizeram um trabalho bárbaro. Eu, que estou aqui no profissional, junto com a minha comissão, tenho que ter um pouco mais de cautela, um pouco mais de paciência. Ir manejando os tempos (de jogo)… te diria que, de todas as áreas, tenho que ir manejando os tempos, também dos garotos da base. O que acontece… nós voltamos dos Estados Unidos, começamos o Paulista. O Paulista parece um torneio simples, mas se você empata ou perde um jogo, a pressão cresce e se você não se classifica, ou cai nas quartas de final, está tudo péssimo. E depois dessa, não há volta (risos). Então está tudo muito lindo, colocar os jovens para jogar e tudo mais, mas a realidade é outra. A realidade é que as exigências são altíssimas, seja qual for o torneio. O que nós mais temos que pensar é em armar um elenco que, com o calendário extenso que vem, os garotos tenham espaço indiscutivelmente. E vão ter espaço, porque saíram 15 jogadores e vieram somente quatro. Os números nos indicam que vão ter espaço”, afirmou o técnico em entrevista ao UOL.
Zubeldía, então, citou o exemplo de Maik. O jogador de 20 anos vinha jogando como lateral, mas começou como volante. O argentino mencionou o caso do garoto para explicar o que pensa sobre a situação dos jovens e garantiu que eles terão mais espaço no devido momento.
“O que passou com Maik é o seguinte. Quando Julio (Casares) nos disse da possibilidade de trazer Cédric (Soares), eu não o havia pedido. Claro, depois vimos um rendimento bom de Cédric. Nos pareceu importante que Maik siga crecsendo nessa posição, porque ele era volante antes. Na posição de lateral, que siga acumulando minutos, que alterne entre o setor ofensivo e defensivo, que siga jogando na base e treinando no profissional, porque se acontece algum imprevisto, ele já está mais preparado. Se deu por uma questão de que, agora, temos dois laterais. Mas não é que não contamos com Maik. Ao contrário. E o caso de outros jogadores, como Matheus Alves, Lucas Ferreira e Ryan Francisco. Nós tivemos a possibilidade de trazer outro centroavante. Saí de férias em dezembro pensando em outro atacante. Comecei o ano com Juan, Calleri e André Silva, três atacantes. E Calleri esteve lesionado em certo momento, e Juan jogou. Então fui pensando nessa situação. Agora, quando vi o rendimento de Ryan na Copinha, no Paulista e nos treinamentos, disse que não precisava mais buscar um centroavante. Ryan já pertence ao profissional. É um 50/50. Vai ter oportunidades, porque existe uma organização. Agora, temos que rezar para que dê certo. Temos que protegê-los, para que eles não se confundam e para que o entorno não os confunda. Isso me preocupa mais do que colocá-lo para jogar”, justificou Zubeldía.