Bruno Rossi e Rafael Geon foram presos na manhã desta quarta-feira; quatro homens estão foragidos
O homem que foi filmado sendo chicoteado por cobradores em Cuiabá estava devendo cerca de R$ 210 mil para os empresários Bruno Rossi e Rafael Geon, presos durante a Operação Piraim na manhã desta quarta-feira (20).
O açoite aconteceu em maio deste ano, próximo da Avenida Miguel Sutil.
“A vítima tinha sugerido um negócio com relógios de luxo, e solicitou R$ 160 mil [a um dos empresários]. Segundo o detido, com a venda desse relógio, além da devolução do valor emprestado, eles dividiriam o lucro. O outro [empresário], a vítima comprou uma joia com ele, uma corrente, e não foi feito o pagamento”, disse o delegado Guilherme Bertoli.
O caso aconteceu em um terreno próximo ao supermercado Big Lar e o hotel Gran Odara. No vídeo, a vítima aparece sendo torturada com um chicote por três homens.
Após as agressões, o pai da vítima procurou a delegacia para registrar queixa, porém, dias depois, a própria vítima isentou os acusados.
“Na oportunidade, nós realizamos a abordagem de todos eles. Só que, na delegacia de Polícia, a vítima, amedrontada, acabou isentando esses criminosos da ação delituosa, falando que não foram eles responsáveis pelas agressões”, disse Bertoli.
“Só que pelo modo atrapalhado deles de agir, de uma forma petulante, após três meses dessa condução, vazou o vídeo das agressões, que veio confrontar tudo aquilo que a vítima falou”.
Assim, foi possível representar pela prisão de Bruno e Rafael, que foram encontrados em suas casas nos bairros Alvorada e Rodoviária Parque. Conforme Bertoli, um deles alegou que não sabia o “modus operandi” dos cobradores.
“Um dos presos, em interrogatório, fala que contratou esses cobradores e não sabia do modo de execução. Só que esses dois presos que contrataram estavam no momento da gravação do vídeo que a vítima era subjugada e torturada. Então, eles mentiram”.
Os quatro homens acusados de serem os cobradores estão foragidos.
Fonte: www.midianews.com.br