Apesar disso, Dilemário Alencar afirmou que colegas não podem agir como delegados
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) defendeu nesta terça-feira (5) que o colega Marcos Paccola se afaste da Câmara temporariamente.
Na última sexta-feira (1º), Paccola atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, durante uma confusão em frente a uma distribuidora, na região central de Cuiabá.
Apesar de defender o afastamento, Dilemário afirmou que os colegas não podem “agir como delegados”.
“Estivemos em reunião com Paccola e ele está colocando a posição dele. Parte da imprensa também tem colocado um posicionamento através de vídeos do momento. Nosso entendimento é de que, havendo a possiblidade do Paccola se licenciar, penso que seria bom”, disse ele durante a sessão desta terça-feira (5).
“Não podemos agir como delegados ou juízes. Temos que ter cautela. Não podemos transformar isso em uma disputa eleitoral Lula e Bolsonaro. Pegar essa tragédia e politizar. Temos que decidir tecnicamente”, acrescentou.
Para o vereador, que é do grupo de oposição, assim como Paccola, é preciso que a Casa de Leis acompanhe os desdobramentos das investigações policiais para, só então, dar qualquer passo.
A Comissão de Ética da Câmara já ficou encarregada de acompanhar o caso.
Apesar de haver pedido de cassação de Paccola, não há nenhuma decisão de abertura de procedimento contra ele até o momento.
“Seria bom sim e vou conversar com Paccola no sentido de que ele possa se licenciar. A Comissão de Ética acompanha todo do processo e, mais do que isso, a pulação está acompanhando”, disse Dilemário.
“A Câmara tem que colocar o radar dela em acompanhar a decisão técnica das autoridades. Se Paccola errou, se foi doloso, a Câmara tem que se pronunciar. Agora se vir um laudo da Segurança em outro sentido, temos que posicionar”, afirmou.
O caso
Paccola afirmou que passava pelo local e foi informado que Alexandre Miyagawa, também conhecido pelos amigos como “Japão”, estava armado ameaçando a companheira dele.
Paccola ainda disse que chegou pedir que o agente abaixasse a arma, mas ele não teria obedecido.
A namorada do agente contestou a versão do vereador e disse que não foi agredida pelo companheiro.
Vídeo divulgado na segunda-feira (4) mostra o momento exato do disparo. Alexandre estava de costas quando foi atingido por Paccola.
Fonte: www.midianews.com.br