Com mais de 49 mil casos de Dengue confirmados e 9 óbitos registrados, estado de São Paulo não divulgou cronograma de início de vacinação
São Paulo — Com mais de 49 mil casos de dengue confirmados e 9 óbitos registrados, o estado de São Paulo mantém estocadas há uma semana as 79,6 mil doses de vacina contra a doença enviadas pelo Ministério da Saúde. Os imunizantes têm como público-alvo crianças de 10 a 11 anos de idade que moram em onze cidades da região do Alto Tietê.
A pasta afirma que transportará as doses para o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Mogi das Cruzes nesta quinta-feira (15/2), onde os municípios poderão buscar o imunizante.
“Em alinhamento com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems), os 11 municípios do Alto Tietê também receberão capacitação sobre a estratégia de vacinação, ministrada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, nesta sexta-feira (16/2), e retirarão os imunizantes na próxima segunda-feira (19/2)”, diz a pasta.
Questionada pelo Metrópoles sobre o motivo para a demora na distribuição, a secretaria não apresentou nenhuma justificativa
A reportagem entrou em contato com as prefeituras das 11 cidades selecionadas para receber a vacina e perguntou sobre a previsão de início de campanha.
As Secretarias de Saúde de Guarulhos e Guararema afirmaram que começarão a imunização “o mais rápido possível”, mas não informaram datas.
As Prefeituras de Poá, Arujá e Suzano disseram que esperam orientações do governo estadual para organizar a campanha de vacinação. Nesta quarta-feira (14/2), Suzano decretou estado de emergência por causa do aumento de casos na cidade.
Já a Prefeitura de Mogi das Cruzes disse que deve iniciar a imunização na próxima semana, mas também não apresentou cronograma.
As cidades de Biritiba-Mirim, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel e Salesópolis não responderam aos pedidos de nota enviados pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.