Suspeitos por morte de candidato no Equador são colombianos

Suspeitos por morte de candidato no Equador são colombianos
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Um suspeito morto e seis detidos em conexão com o atentado contra Fernando Villavicencio tiveram suas nacionalidades confirmadas pela polícia. A pedido do presidente equatoriano, FBI vai auxiliar nas investigações

Apoiadores de Villavicencio buscando proteção após o atentado na quarta-feira

Um suspeito morto e seis outras pessoas presas em conexão com o assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio são colombianos, informou a polícia equatoriana na quinta-feira (10/08), enquanto o governo disse que seguia tentando identificar os “autores intelectuais” do crime.

atentado ocorrido na noite de quarta-feira, a menos de duas semanas da eleição, causou um choque no país sul-americano, que levou alguns candidatos a suspenderem a campanha e trazerem a questão da violência crescente para o primeiro plano.

Villavicencio, um crítico veemente da corrupção e do crime organizado, foi morto ao sair de um evento de campanha em uma instituição de ensino no norte de Quito.

O suspeito que morreu teve ferimentos decorrentes do tiroteio, informou o gabinete do procurador-geral na quarta-feira. Nove pessoas, incluindo um candidato ao Legislativo e dois policiais, ficaram feridas.

O suspeito morto havia sido preso em julho sob acusação de porte de armas, informou o governo na quinta-feira, acrescentando que os seis homens detidos pertenceriam ao crime organizado. A assessoria de imprensa da polícia confirmou suas nacionalidades no final da tarde de quinta-feira.

“A polícia nacional tem no momento as primeiras prisões dos supostos autores materiais desse evento abominável e empregará toda a sua capacidade operacional e investigativa para descobrir o motivo desse crime e seus autores intelectuais”, disse o ministro do Interior, Juan Zapata.

O presidente Guillermo Lasso disse que o crime foi claramente uma tentativa de sabotar a eleição, mas que a votação prosseguiria conforme planejado em 20 de agosto, embora em meio a um estado de exceção.

A violência no Equador vem aumentando nos últimos anos, especialmente em cidades ao longo das rotas do tráfico de drogas, como Guayaquil e Esmeraldas.

O suposto envolvimento de cidadãos colombianos no crime remete ao assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, em 2021, morto em sua casa por um grupo que incluía 26 colombianos e dois haitianos-americanos.

FBI participa das investigações

Lasso, que declarou três dias de luto, disse na quinta-feira que pediu ajuda à polícia federal dos EUA (FBI) para a investigação e que uma delegação de policiais americanos já estava a caminho do país.

O governo dos EUA havia oferecido ao Executivo equatoriano “assistência investigativa urgente” por meio de seu embaixador em Quito, Michael J. Fitzpatrick.

A participação do FBI na investigação do assassinato se insera na estreita relação que EUA e Equador construíram nos últimos dois anos, especialmente desde que Lasso chegou ao poder, com cooperação em diversos assuntos, inclusive segurança.

Fonte:     dw.com


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