O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a criticar as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. No entanto, enfatizou que não irá aderir ao movimento marcado para o fim de semana, que pede anistia aos presos e ainda o impeachment do presidente Lula. Ele ainda defendeu que a penalizado aos golpistas seja igual a de invasores de terras.
“Elas não poderiam ter invadido o Congresso, invadido o Supremo, quebrado e feito aquilo que fizeram, mas a pena que está sendo aplicada a elas não tem razoabilidade comparado com outros crimes cometidos no país. Já vi o Supremo soltar bandidos, criminosos, traficantes e não está soltando cidadãos que foram lá, erraram, mas 17 anos de prisão… E caras que matam, cortam cabeça, arrancam coração, traficante de droga, esses destroçam famílias, destroem uma sociedade?”, criticou.
Uma mobilização da direita está marcada para o domingo (16), em Copacabana, no Rio de Janeiro. Os manifestantes querem anistia aos que foram detidos e condenados pela invasão da sede dos três Poderes em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Nas redes sociais, congressistas da direita convocaram seus apoiadores para irem às ruas pedir também o impeachment de Lula.
“Pela anistia, eu acho que é válido, mas eu não vou endossar nenhum movimento contra o presidente da República. Posso discordar dele, como as pessoas discordam de mim como governador, faz parte da democracia, mas ele foi eleito, tomou posse. Se eu tiver que fazer alguma crítica, será responsável e respeitosa. Não vou entrar em nenhum movimento nesse sentido”, justificou.
Em entrevista, o governador chegou a comparar as penas aplicadas a invasores de terras e aos presos pelos atos do 08 de janeiro que invadiram a sede dos Poderes em Brasília. “Não invadiram o Supremo, o Congresso Nacional, e estão condenando a 17 anos de prisão? Então, por que invadir a terra de alguém não se condena a 17 anos? O Supremo é melhor do que a casa, a fazenda, a pequena propriedade de um cidadão? Se vale para eles, deveria valer para todos. Invadir terra deveria dar 17 anos de prisão também. Infelizmente não é assim no Brasil”, registrou.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participará do ato de 16 de março, ao lado do pastor Silas Malafaia, seus filhos e outros líderes. O ex-mandatário também orientou os apoiadores que desejam participar das manifestações em outras cidades a entrarem em contato com os organizadores locais para se informarem sobre as pautas específicas de cada região.
Fonte: www.gazetadigital.com.br
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