O ex-presidente dos EUA Barack Obama adaptou o lema de sua campanha para apoiar a candidata Kamala Harris e empolgou Convenção Democrata
Primeiro, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, subiu ao palco inesperadamente e anunciou que é a candidata oficial do Partido Democrata. Depois, o ex-presidente Barack Obama mudou o próprio slogan para alavancar a corrida da companheira de sigla: “Yes, she can” (Sim, ela pode).
Foi o suficiente para a Convenção Democrata explodir e repetir a frase: “Sim, ela pode” e empolgar os apoiadores. Obama ficou responsável por encerrar a noite do evento, que vai até esta quinta-feira (22/8). E o fez muito bem
“Não precisamos de mais quatro anos de fanfarronice, trapalhadas e caos”, discursou ele, batendo forte no adversário Donald Trump.
O ex-presidente afirmou que os norte-americanos já viram esse filme – Trump ser presidente – e sabem que a “sequência geralmente é pior”.
“A América está pronta para um novo capítulo. A América está pronta para uma história melhor. Estamos prontos para uma presidente Kamala Harris”, disparou
Há 20 anos, Obama havia subido em no palco de uma convenção daquela e cunhado seu próprio lema: “Sim, nós podemos”. Naquela época, brincou com o próprio nome. Agora, repetiu a brincadeira.
“Estou me sentindo esperançoso porque esta convenção sempre foi muito boa para crianças com nomes engraçados que acreditam em um país onde tudo é possível”.
Obama homenageia Biden e detona Trump
O ex-presidente também lembrou de Joe Biden, que desistiu da corrida.
“A história se lembrará de Joe Biden como um presidente que defendeu a democracia em um momento de grande perigo. Tenho orgulho de chamá-lo de meu presidente, mas ainda mais orgulho de chamá-lo de meu amigo”, afirmou.
“Outro dia, ouvi alguém comparar Trump ao vizinho que fica ligando seu soprador de folhas do lado de fora da sua janela a cada minuto de cada dia. De um vizinho, isso é exaustivo. De um presidente, é simplesmente perigoso”, continuou, com uma explosão de vaias.
Obama notou as vaias contra Trump e pediu: “Não vaiem. Votem!”
Depois, voltou para Harris novamente. Afirmou que ela está “pronta para o trabalho” e que é “uma pessoa que passou a vida lutando em nome de pessoas que precisam de uma voz e de um campeão”.
No fim, pediu empatia contra os adversários.
“Precisamos lembrar que todos nós temos nossos pontos cegos, contradições e preconceitos; e que se quisermos conquistar aqueles que ainda não estão prontos para apoiar nosso candidato, precisamos ouvir suas preocupações – e talvezaprender algo no processo”, concluiu.