Funcionária da Rede Municipal de Educação da cidade de Nova Ubiratã (502 km ao Norte de Cuiabá) é um dos alvos da Operação Procusto, deflagrada na manhã desta terça-feira (27), pela Polícia Civil, para prender os envolvidos na tortura que resultou na morte de Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, 23, ocorrida em abril na cidade de Nova Ubiratã (502 km ao Norte de Cuiabá). Os restos mortais foram encontrados no dia 31 de maio.
Segundo a assessoria de imprensa, a mulher largou abandonou o trabalho em uma escola municipal para gerenciar os crimes de tortura e homicídio. Pablo e o amigo foram levados de um bar na noite do dia 19 de abril, no dia 20, a investigada e o comparsa receberam a ligação de um preso da PCE ordenando as mortes.
Investigação apontou ainda que ela demonstrou preocupação em utilizar seu veículo para transportar as vítimas e afirmou que ‘seu carro é conhecido na cidade e utilizado pela mãe’.
Sendo assim, a facção conseguiu um Fiat Uno, que saiu de Sorriso com dois criminosos. Eles deram apoio ao crime e ainda levaram as vítimas para o local onde seriam mortos.
Quando soube o apoio, a mulher comemorou dizendo que ‘não teria como a polícia ficar sabendo’. No trajeto, o amigo de Pablo conseguiu fugir e denunciou o caso à polícia.
Buscas foram realizadas e a ação policial conseguiu prender dois criminosos na sequência. Em diligência, um criminoso foi morto em confronto com a PM e os outros conseguiram fugir. O corpo de Pablo só foi encontrado 42 dias depois, dentro de uma região de mata.
Operação
Conforme a assessoria do órgão, são 8 mandados de prisão, sendo que dois dos alvos estão presos, um na Penitenciária Central do Estado (PCE) e outro na Cadeia Pública de Nobres. Além disso, 5 mandados de busca e apreensão foram expedidos.
Investigação apontou que funcionária da Educação atuou diretamente na execução dos crimes e agiu com ‘extrema perversidade’. Ela deu a ordem para que as vítimas fossem mutiladas.
Outro alvo ajudou no transporte das vítimas até o local do crime. Lá, em conversa com um comparsa que está preso, defendeu a morte das duas vítimas.
O crime foi ordenado por um preso da PCE. De lá, ele recebia informações dos integrantes da facção que monitoravam as vítimas desde que eles chegaram na cidade.
Os criminosos queriam que as vítimas confessassem que eram de uma facção rival, já que fizeram, em tese, o sinal 3 com as mãos. O preso da PCE foi quem gerenciou o crime de dentro da cela e acompanhou tudo, recebendo fotos, vídeos e ordenando a execução.
Reportagem do GD procurou a Prefeitura de Nova Ubiratã, mas os telefonemas não foram atendidos.
Fonte: www.gazetadigital.com.br