O Nature Index Science Cities, um suplemento do grupo Nature focado em identificar as cidades que mais contribuem com pesquisas para a ciência de impacto mundial, acaba de divulgar o ranking de 2021. Liderada por Pequim (China), a lista conta com apenas uma cidade da América Latina: São Paulo.
Na edição anterior a capital paulista estava na 172ª posição no ranking, que é composto por 200 cidades. Agora, São Paulo saltou para a 139ª colocação.
“Acreditamos que o investimento em longo prazo é crucial para a ciência. São Paulo é uma cidade que, apesar de qualquer mudança que possa ocorrer no cenário político ou econômico, sempre manteve como prioridade o investimento em ciência e tecnologia por meio da FAPESP, uma das maiores financiadoras da ciência no país, além do apoio federal”, declarou Adiene Teixeira, diretora de vendas para América Latina e Caribe da editora Springer Nature, destacando a atuação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
“Atribuímos também a presença de São Paulo no ranking ao investimento feito por meio do portal de periódicos Capes, um dos maiores consórcios mundiais para acesso à informação científica. O acesso à informação é um dos pilares importantes do quebra-cabeça da produção científica de alto impacto”, completou
Como é feito o ranking da ciência de alto impacto mundial
De acordo com a organização, o ranking é baseado nas afiliações institucionais dos autores de artigos publicados em 82 periódicos científicos de alto impacto internacional monitorados pelo Nature Index, incluindo as revistas Nature, Science e Cell.
Segundo a Agência FAPESP, a atual edição da lista cobre artigos publicados entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020, abrangendo o início da pandemia de Covid-19. A participação de cada cidade é calculada somando a contribuição das instituições afiliadas nelas situadas.
Pelo quarto ano consecutivo, a cidade de Pequim lidera o ranking, seguida por Nova York, Boston, San Francisco e Xangai.
Também foram ranqueadas as cidades que mais contribuições deram para que sejam atingidos os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável determinados pela Organização das Nações Unidas – ONU), com base no rastreamento de pesquisas publicadas nos 82 periódicos monitorados pelo Nature Index.
São Paulo também foi a única cidade latino-americana a entrar nesse ranking, ocupando a 141ª posição. Pequim novamente liderou a lista, seguida por San Francisco, Nova York, Baltimore e Boston.
“Grandes instituições de pesquisa federais, além das principais universidades do país, estão localizadas em São Paulo. E elas acabam recebendo a atribuição de desenvolver pesquisas importantes sobre os temas relacionados aos ODS”, avalia Teixeira.
Fonte: olhardigital.com