A contratação de Christian Cueva segue dando dor de cabeça para o Santos. O clube foi condenado a pagar 490 mil dólares (cerca de R$ 2,3 milhões) ao empresário Rodrigo Ichikawa. O agente entrou com um processo no Tribunal de Justiça de São Paulo alegando que o Peixe não o pagou pela intermediação na compra do atleta peruano, em 2019.
Rodrigo Ichikawa declarou que firmou um acordo com o Santos, então presidido por José Carlos Peres, para que ele recebesse o equivalente à quantia de 7% sobre o valor negociado entre o Alvinegro e o Krasnodar, da Rússia. A negociação foi concretizada em 7 milhões de dólares (R$ 26 mi na época).
Em sua defesa, o Peixe mencionou que não houve qualquer prestação de serviços pelo empresário; que a contratação do jogador se deu exclusivamente entre as equipes e que Ichikawa não se encontra inscrito como intermediário junto à CBF.
A argumentação do time paulista, no entanto, não convenceu Luiz Gustavo Esteves, juiz da 11ª vara de São Paulo e responsável pelo caso. Segundo ele, Rodrigo Ichikawa apresentou documentos que comprovam a prestação de serviços e o montante devido.
“Julgo procedente o pedido, com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC, para condenar o requerido no pagamento do montante de US$ 490.000,00, com conversão pelo câmbio comercial da data do efetivo pagamento, ou, caso este não ocorra de maneira voluntária, pelo câmbio comercial por ocasião do início do cumprimento de sentença, com incidência de correção monetária pela Tabela do E. TJSP, acrescida de juros de mora de 1% ao mês a partir de 06/02/2019, data da contratação do atleta (fls. 29). Em razão da sucumbência experimentada, condeno o requerido no pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios da parte adversa, os quais fixo em 10% sobre o valor da condenação”, disse o juiz.
Cueva chegou ao Santos em 2019. Ao todo, foram apenas 16 partidas com a camisa alvinegra e nenhum gol marcado.
Em fevereiro de 2020, ele se transferiu para o Pachuca, do México. A transferência acabou gerando uma grande polêmica nos bastidores. Meses depois, o clube e o jogador foram condenados pela Fifa a pagar cerca de R$ 37 mi pela quebra unilateral de contrato.
A equipe mexicana afirmou que não induziu Cueva a deixar o Peixe. Já o meia diz ter rescindido pela falta de compromissos do Alvinegro no pagamento das dívidas. O time brasileiro replicou e enviou provas à Fifa de que honrou os seus compromissos com o peruano.
A expectativa é que o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) resolva esta pendência nos próximos meses.
Fonte: www.gazetaesportiva.com