Saiba quais são as 4 principais consequências da obesidade

Saiba quais são as 4 principais consequências da obesidade
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O ganho de peso é uma tendência crescente na população brasileira.  Segundo um levantamento realizado em 2019 pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 20,3% das pessoas do país estão obesas — cerca de 72% a mais do que em 2006 —, enquanto 55,4% estão com sobrepeso. Por conta disso, as consequências da obesidade são cada vez mais preocupantes.

Afinal, trata-se de uma doença crônica capaz de comprometer a qualidade de vida de um indivíduo e que tem relação com diversas outras doenças. A obesidade, inclusive, é um fator de risco para problemas como a Covid-19, de modo que os sintomas de pacientes obesos têm grandes chances de serem mais graves.

Neste artigo, vamos trazer informações sobre as consequências da obesidade e apresentar formas de contornar esse problema. Acompanhe e saiba mais!

O que é obesidade?

A obesidade é caracterizada como o excesso de gordura acumulada no corpo. O ganho de peso ocorre quando o consumo calórico é maior que seu gasto diário. Se esse comportamento é contínuo, há o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) — obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado de uma pessoa. O paciente é considerado obeso quando esse índice é igual ou superior a 30.

Existem diversos fatores que favorecem as chances de um indivíduo se tornar obeso, como:

  • má alimentação — o consumo excessivo de ultraprocessados, sódio, açúcar e alimentos com pouco valor nutricional estimula o ganho de peso;
  • sedentarismo — fazer pouca atividade física no dia a dia faz com que o gasto calórico seja menor (a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda exercitar-se por cerca de 150 minutos semanais);
  • genética — indivíduos que têm parentes obesos de grau próximo, como pais e avós, podem carregar genes de predisposição à obesidade;
  • medicamentos — o acúmulo de gordura corporal e a retenção de líquido podem ser efeitos colaterais de alguns fármacos;
  • problemas hormonais — o aumento dos níveis de cortisol e o hipotireoidismo favorecem o ganho de peso;
  • transtornos psicológicos — a depressão e a ansiedade, por exemplo, podem levar ao aumento do consumo de alimentos calóricos e à diminuição da atividade física;
  • problemas neurológicos — lesões em algumas regiões do cérebro, como o hipotálamo, também provocam o aumento da gordura corporal.

Por que a obesidade é considerada uma doença crônica?

Uma doença é considerada crônica quando põe em risco a qualidade de vida de um indivíduo, tem uma longa duração e é de caráter progressivo, podendo ou não apresentar sintomas.

Esse é o caso da obesidade. Quando ela é acompanhada de um estilo de vida pouco saudável, traz a possibilidade de desenvolver diversas outras doenças crônicas, como quadros de hipertensão, diabetes tipo 2 e colesterol alto, além de problemas respiratórios, dificuldade para dormir, sensibilidade nas articulações e dor nas costas, entre muitos outros distúrbios.

A obesidade pode afetar, também, a saúde mental de uma pessoa, o que torna o seu tratamento ainda mais difícil. Isso se deve ao fato de que o ganho de peso gera, em muitos indivíduos, o sentimento de culpa, que é intensificado pelo julgamento social. Assim, essas pessoas pensam que não se cuidaram o suficiente, desmotivando-se a buscar soluções.

Quais são as 4 principais consequências ligadas à obesidade?

Tendo em vista a sua capacidade de acarretar ou agravar diversas outras complicações de saúde, vale ressaltar 4 das principais consequências ligadas à obesidade. Confira a seguir.

  1. Hipertensão

A hipertensão é uma doença cardiovascular causada pelo aumento da pressão arterial. Isso ocorre quando a tensão da circulação de sangue sobe consideravelmente, o que pode danificar as paredes das veias e artérias.

Um alto índice de gordura corporal se relaciona, também, a uma grande quantidade de triglicerídeos e colesterol LDL (conhecido como “colesterol ruim”). Esse aumento de lipídios no sangue pode comprometer a sua circulação e provocar a hipertensão. Por essa razão, pessoas obesas têm mais chances de desenvolver essa complicação que indivíduos com o IMC regular.

Sendo uma doença que acomete aproximadamente 25% da população adulta no Brasil, a hipertensão precisa ser devidamente tratada e acompanhada. Além disso, a perda de peso é um dos fatores que auxiliam na melhoria do quadro.

  1. Asma

Outra doença crônica, a asma atinge o sistema respiratório e afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Cansaço, falta de ar e chiado no peito são apenas alguns dos sinais que surgem com esse transtorno. Os sintomas são ainda mais intensos na hora de dormir, ao fazer uma atividade física ou na presença de fatores alergênicos.

Um dos possíveis causadores da asma é a reação à leptina, uma proteína produzida principalmente pelo tecido adiposo — células responsáveis pelo armazenamento de gordura. Por isso, essa é uma das principais consequências da obesidade.

  1. Apneia do sono

apneia do sono é um problema que provoca barulhos e interrupções na respiração ao dormir. Como consequência, compromete a qualidade do sono, causando sonolência durante o dia, dificuldade de concentração e de raciocínio e redução da oferta de oxigênio no sistema nervoso, entre outros problemas.

O excesso de peso é um dos fatores que favorecem o surgimento dessa doença, por dificultar a passagem de ar pelas vias respiratórias.

  1. Diabetes

O aumento do peso é, na maioria das vezes, consequência de um gasto calórico menor que o consumo. Sendo assim, a energia não utilizada é estocada em forma de gordura. No entanto, o excesso de tecido adiposo interfere no funcionamento da insulina, hormônio cuja principal função é regular os níveis de açúcar na corrente sanguínea.

Quando há resistência à insulina, as chances de desenvolver diabetes do tipo 2 são maiores. Desse modo, essa doença é outra das graves consequências da obesidade, que compromete a qualidade de vida de um indivíduo e pode ter muitas complicações, como problemas de visão e cicatrização.

Por isso, fazer exames de check-up periodicamente e fazer o acompanhamento médico são atitudes indispensáveis para evitar complicações


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