‘Rico vai para o Manso e pobre tem que limpar mato?’, questiona Maysa sobre aniversário de Cuiabá

‘Rico vai para o Manso e pobre tem que limpar mato?’, questiona Maysa sobre aniversário de Cuiabá
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A vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos) desaprovou a decisão do prefeito Abilio Brunini (PL) em não apoiar festividades para a comemoração do aniversário de 306 anos da Capital. Ele também propôs um mutirão de limpeza na cidade. Conforme a parlamentar, a situação fiscal do município não impede que o Executivo “use a criatividade” e faça parcerias com o setor privado para os festejos.

“A festa é o alívio, principalmente do povo periférico. O momento de festa é onde as pessoas que enfrentam 4 horas de ônibus para ir para trabalhar, 4 horas para voltar, que passam sufoco no calor de Cuiabá, possam estar alegres. O povo cuiabano é feliz, festeiro’. Nada impede de que a prefeitura faça parcerias privadas para garantir a festa do nosso povo que só vive de trabalhar e que só vive de luta”, opinou.

Na data de ontem (20) o prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) anunciou que convocará a população cuiabana para limpar a cidade no dia do seu aniversário, 8 de abril. “Quem tiver algum tipo de equipamento que ajude na limpeza, com cortador de grama e tudo mais. Quando a população vem com a gente, nos ajudando nesse processo, ajuda também a diminuir custos do município e na execução desses serviços”, disse.

O gestor negou que a prefeitura execute algum investimento em festividades e que os valores serão gastos para a saúde, melhorar a educação, tapar os buracos e fazer a limpeza da nossa cidade.

A vereadora reforçou que não sugere que valores de outras pastas sejam empenhados para garantir as festividades, mas que a gestão explore outras maneiras de evitar que a comemoração caia no esquecimento.

“Estou dizendo para usar a criatividade e contemplar o povo mais sofrido, porque o povo rico vai para o Manso fazer festa, vai para Chapada, vai fazer churrasco, vai feriar. E a população periférica para eles sobra o quê? Limpar os matos, os quintais e as ruas? Não, tem que ter celebração também”, rechaçou.

Maysa ainda opinou que, se além da questão da saúde financeira da cidade, a motivação para a não realização de festa seja a geração de lixo durante os festejos, já que a Capital também vive uma epidemia de dengue e chikungunya, que a situação seja usada também para educar e conscientizar a população.

“Há formas de envolver a educação, outras secretarias, o Estado, para marcar o nosso 8 de abril, que é o dia do aniversário de Cuiabá, que merece um rasqueado, um cururu, siriri. Tenho certeza que a gente conseguiria parcerias com Flor Ribeirinha, com outros grupos de dança para fazer uma festa bonita, onde a gente recolhesse o nosso próprio lixo, onde a gente pregasse esse amor a Cuiabá e essa união de todos”, destacou.

Embora reconheça a quantidade de terrenos privados com casas e piscinas abandonadas e terrenos repletos de lixo que são de responsabilidade privada, ela ainda pediu para que o apelo do prefeito a população não se confunda com a responsabilidade do Executivo na limpeza urbana em outros âmbitos.

Em fevereiro, o prefeito Abilio Brunini determinou o endurecimento de medidas contra proprietários de terrenos baldios com acúmulo de sujeira em Cuiabá. Devido ao decreto de emergência na saúde publicado no dia 23 de janeiro na Gazeta Municipal, por conta do aumento de casos de dengue e chikungunya, proprietários de terrenos serão multados por fiscais da Ordem Pública, sem notificação prévia.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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