O ex-deputado federal Roberto Jefferson virou réu num processo em que é acusado de tentar matar quatro agentes da Polícia Federal em outubro. A decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro foi tomada nesta sexta-feira (9) após aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).
O juiz federal Abby Ilharco Magalhães entendeu que existem provas suficientes no processo para aceitar a denúncia. A partir daí, o ex-parlamentar pode apresentar defesa, e depoimentos das vítimas e demais documentos podem ser levados ao Poder Judiciário para análise do caso.
“Por sua vez, indicativos suficientes de autoria emergem da situação de flagrância narrada nos depoimentos dos policiais federais que efetivaram as diligências, além da manifestação do próprio acusado em sede inquisitorial”, escreveu o juiz federal.
Roberto Jefferson é acusado de atirar contra quatro policiais, de apresentar resistência qualificada e de posse de arma de fogo e munição de uso restrito e permitido, além de posse e adulteração de granadas. O caso ocorreu no dia 23 de outubro.
De acordo com o Ministério Público, o ex-parlamentar jogou uma granada contra os agentes. O artefato estaria envolto em fita adesiva com pregos, para potencializar o poder de destruição. Após lançar a granada, o ex-deputado teria dito “vocês estão juntinhos aí, vão machucar”.
Além da granada, Jefferson efetuou cerca de 30 disparos contra os agentes em um primeiro momento. Um dos integrantes da equipe da PF teria gritado que um policial estava ferido. Então, o ex-deputado lançou outras duas granadas e efetuou mais 30 disparos de carabina.
“Após o disparo de aproximadamente 60 tiros de carabina e o lançamento de três granadas (adulteradas) contra os quatro policiais federais, Roberto Jefferson gravou novo vídeo, divulgado na internet, exibindo a viatura policial alvejada por vários disparos, além de uma grande poça de sangue próxima ao veículo”, informou o MPF.
À época, ele foi preso em flagrante por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado tinha expedido o mandado de prisão preventiva, que levou a equipe policial a ir até a casa do ex-congressista.
Fonte: gazetadigital