O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou nesta quinta-feira (1) que vai buscar espaço no Orçamento para conceder um reajuste maior para os servidores do Executivo, equivalente aos 9% previstos para o Judiciário.
Castro também criticou duramente o presidente Jair Bolsonaro (PL) por prometer durante a sua campanha pela reeleição a manutenção no próximo ano do Auxílio Brasil no valor de R$ 600, mas enviando a peça orçamentária para o Congresso sem esse valor.
“Para nós foi uma surpresa não ter mandado [o Auxílio Brasil de R$ 600]. Se ele vai dar, não precisa prometer. Era só mandar para o Congresso. Se não, não fica crível essa promessa”, afirmou.
O relator ainda acrescentou que o novo valor do Auxílio Brasil e também a correção da tabela do Imposto de Renda são assuntos que precisarão ser discutidos com o após a eleição presidencial, com o candidato vencedor.
Marcelo Castro concedeu entrevista coletiva um dia após o governo federal encaminhar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. A proposta prevê um benefício médio de R$ 405 para o Auxílio Brasil, portanto abaixo do valor que está sendo pago entre agosto e dezembro deste ano. O projeto também não contempla ganho real com o reajuste do salário mínimo.
Outro ponto da peça encaminhada prevê reserva de R$ 11,6 bilhões para aumentar salários de servidores do Poder Executivo, valor suficiente para conceder reajuste linear de ao menos 4,85%.
Marcelo Castro afirmou que o reajuste para os servidores do Executivo é um “grande problema” a ser enfrentado durante a tramitação da LOA e que promete grande esforço para “equacionar o problema”.
“Qual o nosso objetivo? Fazer estudo para que o servidor do Executivo possa ter reajuste próximo do judiciário”, afirmou.
“Vamos trabalhar para que não fique uma situação em que servidores com salários mais elevados tenham reajuste maior que os do Executivo, que tradicionalmente ganham menos”, completou.
O senador lembrou que o Supremo Tribunal Federal aprovou reajuste de 18% para os servidores do judiciário, que será pago em dois anos.
Fonte: msn.com