Escolhida pelo presidente eleito, Lula, ela atualmente preside a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, foi escolhida pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para assumir o Ministério da Saúde a partir de 2023. O anúncio feito pelo petista ocorreu nesta quinta-feira (22).
MARCO HISTÓRICO
Com vasto conhecimento sobre a saúde pública brasileira e inserção na comunidade científica internacional, Nísia será a primeira mulher na história a comandar a pasta, que é considerada uma das mais estratégicas do Governo Federal.
ATUAÇÃO NA PANDEMIA
Além disso, a futura ministra, que é carioca e tem 64 anos de idade, é lembrada por sua atuação frente à pandemia de Covid-19, tendo sido condecorada em 2021 com o grau de Cavaleira da Ordem Nacional da Legião de Honra da França pelas ações tomadas pela Fiocruz para conter a doença no Brasil.
Foi ela, por exemplo, segundo o G1, quem liderou a criação de um centro hospitalar no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, e aumentou a capacidade nacional de produzir kits de diagnóstico e de processamento de resultados de testagens.
Além disso, Nísia articulou com o Ministério da Saúde, a Universidade de Oxford e a biofarmacêutica Astrazeneca a transferência de tecnologia para produção e distribuição de vacinas contra a Covid-19. Ela também criou um observatório que acompanha periodicamente os dados sobre a evolução da pandemia no País.
Em entrevista ao O Globo em 2020, quando o atual Governo Federal adotava um discurso negacionista contra a doença, a futura ministra defendeu as campanhas de vacinação e o uso de máscaras como medidas preventivas.
O SUS precisa ser financiado e valorizado e, para isso, estamos trabalhando com secretarias municipais e estaduais, além do próprio Ministério da Saúde. A pandemia é um problema de característica tripartite”.NÍSIA TRINDADEPresidente da Fiocruz, em entrevista ao O Globo, em 2020
FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NA FIOCRUZ
Nísia é graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em ciência política e doutora em sociologia. Ela está à frente da Fiocruz desde 2017, também como a primeira mulher a chegar ao cargo mais alto da instituição, mas é servidora de carreira do órgão desde 1987.
Entre suas principais contribuições para a fundação, estão a criação do Museu da Vida, que é o museu de ciência da Fiocruz, e a implementação da rede SciELO Livros.
Fonte: diariodonordeste