Diante do estilo de vida agitado que as pessoas levam atualmente, pode até ser comum ficar estressado – mas isso não deveria ser normal. O estresse é, basicamente, um esforço que o organismo faz para se adaptar a situações de ameaça ou perigo que alteram o equilíbrio interior.
Apesar de ser um mecanismo natural, quando acionado de maneira excessiva e prolongada, o estresse provoca uma sobrecarga de hormônios no metabolismo. Com isso, é possível observar alguns sinais físicos, emocionais e até mesmo sociais que impactam a qualidade de vida e servem de alerta para a situação.
Os principais sintomas físicos de estresse excessivo costumam ser dor de cabeça, hipertensão, taquicardia, cansaço e falta de concentração. Já os efeitos emocionais incluem ansiedade, angústia e pensamentos desagradáveis, enquanto os sinais sociais envolvem irritabilidade, isolamento e intolerância.
Se essa condição persistir e não for tratada adequadamente, com o tempo, ela pode evoluir para um quadro crônico, sendo um forte fator de risco para síndrome de burnout, depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, entre outros.
Fases do estresse
Antes de virar uma condição crônica, porém, o estresse passa por três fases: a de alerta, a de resistência e a de exaustão. A fase de alerta é uma resposta imediata (e normalmente rápida) ao evento estressor. Nessa fase, a produção de força e energia aumentam, a fim de superar a situação de ameaça e desafio percebida pelo organismo.
O sistema nervoso também é ativado, causando mudanças hormonais que geram motivação e coragem para ajudar a pessoa a ser produtiva em suas atividades. Embora seja uma fase positiva, ela pode levar a distúrbios do sono, músculos tensos, taquicardia, respiração acelerada, sudorese, pensamentos acelerados e irritabilidade.
Já na próxima fase, a de resistência, o corpo tenta manter o equilíbrio, e as manifestações agudas citadas anteriormente tendem a desaparecer. Ou seja, a pessoa aumenta a capacidade de resistir ao estresse para estabelecer o reequilíbrio do corpo e da mente.
Contudo, nesse período, podem surgir sinais de esgotamento e desgaste, perda de memória e de apetite, bruxismo, queda de cabelo e dermatite. Afinal, o organismo fica mais suscetível ao adoecimento mental, físico e emocional devido ao gasto excessivo de energia em busca da estabilidade.
Por fim, ocorre a fase de exaustão, momento de maior intensidade dos sintomas. O impacto na saúde é tão grande que pode dificultar até mesmo a realização de tarefas simples e rotineiras. Nessa fase (assim como nas outras), é fundamental ter o apoio profissional para evitar desfechos drásticos para a pessoa – que pode, inclusive, desistir de viver.
Como tratar e prevenir o estresse
Tendo em vista esses efeitos, é possível observar a importância de tratar o estresse do dia a dia e evitar que ele evolua para uma condição crônica. Ser mais generoso consigo mesmo, diminuindo as tensões internas e as pressões externas, pode ser um bom primeiro passo.
Busque atitudes que o façam se sentir melhor, como exercícios de respiração, ter uma rotina planejada, hobbies, etc. Intercalar essas atividades prazerosas com as mais pesadas e desgastantes também é uma excelente tática. Nesse sentido, o autoconhecimento vai ajudar a identificar os pontos que geram gatilhos de estresse e os que resultam em equilíbrio.
Ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e fazer psicoterapia regularmente também são fundamentais para tratar e prevenir o estresse. Existem ainda alguns tratamentos naturais que, associados a essas práticas, ajudam no reequilíbrio pós situação crítica e traumática que gera o estresse.
É o caso da planta rhodiola rosea, que auxilia na redução do esgotamento mental, do estresse e da ansiedade. Reconhecer seus limites e respeitar suas fragilidades também são formas de se fortalecer e ter condições de lidar melhor com o estresse do dia a dia.