Projeto educacional leva estudantes a conhecerem a história e cultura da cidade

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Cerca de 84 estudantes do Colégio Salesiano São Gonçalo (CSSG) estão participando do projeto “Lobateando por Cuiabá”, uma excelente oportunidade para os alunos conhecerem de perto a história e a cultura da sua cidade. As visitas a pontos históricos e culturais não apenas enriquecem o aprendizado, mas também fortalecem a conexão dos jovens com o patrimônio local.

Durante esses dois dias, os alunos terão a chance de explorar museus, monumentos históricos e outros locais significativos, proporcionando uma experiência prática que complementa o que é ensinado em sala de aula. É uma experiência que pode inspirar um maior apreço pela cultura e pela história de Cuiabá”, ressalta a coordenadora do Ensino Infantil e Anos Iniciais do CSSG, Professora Marlene de Fátima Proença Abdo.

O tour é parte das comemorações do aniversário da cidade, que este ano completa 306 anos. Realizado há 20 anos pela escola, o projeto já levou mais de 2 mil estudantes numa verdadeira imersão de conhecimento da história e cultura do povo cuiabano. O projeto está inserido dentro do Programa “Lobateando para Valer”, realizado durante o ano em duas etapas. Além de Cuiabá, os alunos também viajam para Taubaté, cidade natal de Monteiro Lobato.

Nos dois dias de visitas, os alunos passarão pelos seguintes pontos: Bairro São Gonçalo, Residência de Dona Eulália, Lavras do Sutil (em frente à Igreja do Rosário, Centro histórico (calçadão Eng. Ricardo Franco e Cândido Mariano), Catedral Metropolitana, Palácio da Instrução, Museu do Rio Cuiabá, Aquário de Cuiabá, SESC Arsenal e monumento do Minhocão do Pari (Shopping 3 Américas).

“Lobateando por Cuiabá” remete à literatura infantil do escritor Monteiro Lobato e relembra sua passagem por Cuiabá em 1936 quando fazia uma expedição por Mato Grosso durante os dez anos que se dedicou à Campanha Nacional do Petróleo.

Na capital, Lobato teve contato com os relatos sobre a possível existência de um “monstro” nas águas do rio Cuiabá que surgia na localidade conhecida como Pari.

O caso foi relatado pelo historiador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Mario Cezar Silva Leite, em sua pesquisa “O sonho do petróleo e a serpente das águas cuiabanas: Lobato e o Minhocão”. Não há muitos registros oficiais de sua passagem.

A comunidade do Pari era localizada às margens do rio Cuiabá, próximo da cidade, onde a pesca era a principal fonte de renda dos moradores. Conforme relatou o historiador, naquela época os residentes e mesmo os pescadores de final de semana,” lidavam, ou andavam às voltas, amedrontados com um monstro, em forma de serpente, o Minhocão. Segundo diziam, o monstro morava naquelas águas. Contava-se que, em seus momentos de fome, revolvia-se no leito do rio, provocando um enorme rebojo, um grande barulho, trazendo à tona todas as sujeiras do fundo do rio”, conta o historiador.

Quando o Minhocão se acalmava, via-se o seu escuro dorso na superfície da água. Falava-se também que nas praias adjacentes era possível, fazendo um buraco na areia, obter-se fogo, esquentar café e até mesmo cozinhar. Essas histórias transitavam à época entre a barranca do rio e a cidade. Lobato é levado até a região.

Esse fato era visto pelos moradores como a manifestação do monstro Minhocão.

A professora e historiadora do CSSG que acompanha os alunos no projeto “Lobateando por Cuiabá”, Ana Paula Molina, enfatiza que a proposta é construir pertencimento e amor pela história e cultura de Cuiabá. “Saímos das salas de aulas e levamos os alunos para ver de perto a história da cidade. Além de conhecimento, gera o espírito de cidadania e respeito pelo lugar”, diz.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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