Após a Premiação do Programa de Excelência da Federação Paulista de Futebol (FPF), que ocorreu nesta terça-feira, o presidente da entidade, Reinaldo Carneiro Bastos, deu detalhes sobre a reunião entre Julio Casares e Leila Pereira, presidentes de São Paulo e Palmeiras, respectivamente, após o polêmico Choque-Rei pelo Campeonato Paulista.
Reinaldo revelou que apenas chamou os dois dirigentes para “tomar um café” e acalmar a relação. Sua intenção era aparar as arestas para que o caso não voltasse a se repetir em clássicos futuros. Além disso, o dirigente fez questão de assumir parte da culpa pela confusão e garantiu que a FPF está trabalhando para “estancar o problema”.
“Eu não os convoquei, nós conversamos por telefone e convidei para tomarmos um café juntos. São dois gestores de altíssimo nível, os resultados estão mostrando o trabalhos deles, que têm uma relação de respeito mútuo. Então essa conversa foi no sentido de corrigir rotas futuras”, disse o presidente da Federação.
“Eu acho que todos, Federação, Palmeiras e São Paulo, podiam ter feito melhor. A Federação precisa ter um cuidado especial, esses jogos são de extrema rivalidade. Todos nós ficamos devendo. Tenho a convicção que vamos trabalhar muito internamente para estancar isso, para que esse problema não se repita”, acrescentou.
Com ânimos exaltados após um clássico marcado por polêmicas de arbitragem, Casares questionou publicamente as decisões tomadas pelo árbitro Matheus Delgado Candançan durante a partida.
No túnel que dá acesso aos vestiários, ele e outros dirigentes do Tricolor, além de jogadores como Calleri, Wellington Rato e Rafinha, reclamaram do árbitro aos gritos. O diretor do futebol do clube, Carlos Belmonte, chegou a ofender o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, de “português de m…”.
Um dia depois do episódio, o Palmeiras divulgou uma nota oficial e repudiou a fala de Belmonte, tratando as ofensas como um ataque xenofóbico. Em entrevista recente, a presidente do clube, Leila Pereira, chegou a dizer que o diretor passaria a ser visto como “persona non grata” e criticou o que chamou de “ataque histérico” do São Paulo.
Abel não pôde comentar o tema após a partida, pois o Tricolor vetou a utilização da sala de coletiva do Morumbis por parte do Alviverde, atendendo uma política de “reciprocidade”. Quase uma semana depois, o treinador se manifestou sobre o assunto e não descartou entrar com um processo contra Belmonte.
Dias depois do clássico entre São Paulo e Palmeiras, o presidente Julio Casares, o diretor de futebol Carlos Belmonte, o diretor adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, conhecido como Chapecó, o auxiliar Estéphano Djian, além dos atletas Calleri, Wellington Rato e Rafinha foram denunciados pelo TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo).
Todos foram enquadrados no artigo 258, parágrafo 2 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena, em casos como este, é suspensão de uma a seis partidas para atletas, membros da comissão técnica, treinador ou médico da equipe. Para dirigentes, pode haver um gancho de 15 a 180 dias.
Fonte: www.gazetaesportiva.com