O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% em relação a 2021 e de 8,52% em relação a 2020
O agronegócio brasileiro registrou um número recorde de pessoas ocupadas em 2022, segundo pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS.
Ao todo, foram 18,97 milhões de pessoas trabalhando no setor, o maior contingente desde 2015, quando o número era de 19,04 milhões.
Segundo a pesquisa, o resultado é ainda mais significativo por causa de 2020, quando o setor sofreu com os impactos da pandemia de covid-19, perdendo muitos postos de trabalho.
No entanto, a recuperação foi rápida e, em 2022, as ocupações perdidas já haviam sido totalmente recuperadas, superando até mesmo os contingentes observados antes da crise sanitária.
O aumento no número de pessoas ocupadas no agronegócio em 2022 foi de 2,76% em relação a 2021 e de expressivos 8,52% em relação a 2020.
De acordo com pesquisadores, o crescimento está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos de insumos, da agroindústria e de agrosserviços.
O agronegócio brasileiro vivenciou uma boa conjuntura de meados de 2020 a 2021, o que influenciou positivamente a geração de empregos.
Em 2022, o setor conseguiu avançar em termos de faturamento, o que ajuda a explicar o resultado observado para o mercado de trabalho.
Em contraste com a alta do agronegócio, o Brasil como um todo registrou um aumento de 98,04 milhões de pessoas ocupadas em 2022, acima das 91,29 milhões no mesmo período do ano anterior.
A participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,35% em 2022, um pouco abaixo da observada em 2021, quando esteve em 20,22%.
De acordo com pesquisadores do Cepea, esse resultado positivo no setor agrícola pode ser visto como uma boa notícia para o país, já que o agronegócio é um importante motor da economia brasileira e contribui significativamente para o PIB nacional.
Fonte: canalrural.com.br