Poluição do ar mata 5,1 milhões de pessoas anualmente, diz estudo

Poluição do ar mata 5,1 milhões de pessoas anualmente, diz estudo
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A mudança climática está sendo causada por diferentes motivos, desde o uso dos combustíveis fósseis, até o derramamento de produtos químicos em correntes de água ao redor do mundo. De acordo com um novo estudo publicado na revista científica The BMJ, a poluição no ar provocada pelo o uso de combustíveis fósseis é responsável pela morte de aproximadamente milhões de pessoas anualmente.

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as milhões de mortes causadas pela poluição são comparadas aos problemas de saúde que envolvem o tabagismo. O novo estudo apontam que, todos os anos, morrem mais de 5,1 milhões de pessoas por conta da poluição da atmosfera produzida pela indústria de energia fóssil.

Para realizar o estudo, os pesquisadores calcularam a exposição de partículas finas (PM2,5), relacionadas à poluição, no ar.

O artigo foi baseado nas estatísticas da Carga Global de Doenças (GBD) de 2019; o relatório sugere que 8,3 milhões de mortes estão relacionadas às partículas finas (PM2,5) de poluição presentes no ar. Desse total, aproximadamente 61% das mortes, ou 5,1 milhões, foram diretamente associadas com a poluição causada pelo uso excessivo de combustíveis fósseis em todo o mundo.

“Um estimado de 5,13 milhões (3,63 a 6,32) de mortes em excesso por ano, em todo o mundo, são atribuíveis à poluição do ar ambiente causada pelo uso de combustíveis fósseis e, portanto, poderiam ser potencialmente evitadas eliminando gradualmente o uso de combustíveis fósseis. Essa cifra corresponde a 82% do número máximo de mortes por poluição do ar que poderiam ser evitadas controlando todas as emissões antropogênicas”, os pesquisadores descrevem no estudo.

Morte por poluição do ar

O relatório aponta que a maioria das mortes está relacionada a indivíduos na China: são aproximadamente 2,4 milhões de mortes por ano. A nação asiática é seguida pela Índia, com uma taxa anual de 2,1 milhões de mortes. Os pesquisadores afirmam que 82% desses óbitos reduziriam com a diminuição e controle de todas as emissões de combustíveis fósseis geradas pela humanidade.

O estudo propôs quatro cenários para a eliminação dos combustíveis fósseis até 2050. A primeira é a redução completa de todas as fontes relacionadas à indústria de energia fóssil; a segunda e terceira prevê uma redução gradual de 25% a 50%; a quarta busca eliminar todos os meios de poluição gerados pela humanidade, restando apenas as fontes naturais de contaminação

“A eliminação gradual dos combustíveis fósseis é considerada uma intervenção eficaz para melhorar a saúde e salvar vidas, como parte do objetivo das Nações Unidas de atingir a neutralidade climática até 2050. A poluição do ar ambiente não seria mais um fator principal de risco para a saúde ambiental se o uso de combustíveis fósseis fosse substituído por um acesso equitativo a fontes limpas de energia renovável”, o estudo conclui.

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Fonte:    tecmundo.com.br


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