Policiais militares estão revoltados com o argumento utilizado pela instituição para exclusão da lista de promoção dos cargos. Em um dos casos, os servidores foram considerados sem “conceito moral” para cresceram na carreira. Grupo ainda aponta que o número de faltas é um dos argumentos do comando, que parece não ter considerado atestados médicos.
Um dos servidores ouvidos pela reportagem do GD contou que há militares com quase 20 anos de carreira, com uma ficha limpa e boa conduta, que ficaram de fora da promoção sob essa justificativa. A situação causou espanto, especialmente pelo histórico de vida funcional.
“Foram tirados da lista sob o argumento de absenteísmo, que é falta de pontualidade e assiduidade. Como vamos trabalhar doentes? Os atestados foram apresentados – tem casos que são lá da pandemia da covid-19. Tem servidor que se ausentou para tratar um câncer, outros ficaram doentes ou se acidentaram devido ao trabalho. Como os atestados não serviram para abonas as faltas?”, questiona.
Recursos contra a decisão estão sendo protocolados na Corregedoria da Polícia Militar. As associações dos militares também estão estudando entrar com medidas jurídicas. “Onde está escrito que não podemos ficar doentes, que devemos ficar sempre presentes? Onde está escrito que nada nos abala psicologicamente, que temos que ser herói?”.
Só no cargo de 3º sargento, mais de 50 servidores não serão promovidos dentro do argumento de absenteísmo. “Isso é desmotivador, desanimador. Pode configurar até abuso de poder. Como em 4 anos, por exemplo, o servidor não vai adoecer, não vai ter imprevistos?”.
Outro lado
Reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, mas não obteve retorno sobre a denúncia.
Fonte: www.gazetadigital.com.br