Ele criou de 15 a 20 perfis no Instagram e no Facebook, com e-mails e nomes aleatórios, para manter contato com uma das vítimas e seus familiares
Um homem, investigado pelo crime de perseguição reiterada e descumprimento de medida protetiva, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, após representação da Delegacia de Sorriso.
Ele é investigado pelos crimes de descumprimento de medida protetiva, perseguição e violência psicológica contra um casal de namorados.
Uma das vítimas, de 20 anos, procurou o Núcleo Atendimento à Mulher e relatou que, mesmo diante de uma medida protetiva que determinava que o investigado se mantivesse afastado dela, ele continuou entrando em contato com a jovem. Na última ocasião, o suspeito se aproximou da vítima na faculdade, o que a amedrontou.
A jovem procurou a delegacia, pela primeira vez, no início deste mês e contou sobre as diversas formas encontradas pelo suspeito para persegui-la sistematicamente, seja por meio de mensagens em aplicativo, ou por diversos perfis criados nas redes sociais.
Quando foi ouvido em um procedimento policial anterior, no mês de agosto deste ano, o investigado, de 29 anos, confirmou as perseguições contra as vítimas e disse que mudou o número de celular, diversas vezes, para conseguir contato com a vítima.
Ele disse que criou entre 15 a 20 perfis no Instagram e Facebook, todos com e-mails e nomes aleatórios, para fazer contato com a vítima, seus familiares e amigos.
Ele ainda conseguiu o endereço da jovem e depois criou grupos no WhatsApp para tentar ter contato com ela.
Os atos de perseguição causaram consequências negativas na vida das vítimas, tanto que uma delas chegou a trancar a matrícula na faculdade durante um ano, temendo a integridade física e psíquica, enquanto o suspeito continuou estudando e perseguindo o casal.
“O impacto psicológico da perseguição pode ser devastador. As vítimas experimentam sentimentos de medo constante, ansiedade, depressão, distúrbios do sono e sensação de impotência. O comportamento do agressor pode gerar uma sensação de vigilância incessante”, destacou a delegada Jéssica Assis.
Raquel Teixeira Polícia Civil-MT