Mobilização Nacional de Coleta da DNA de familiares de desaparecidos pode auxiliar na identificação e localização de vítimas
Entre o dia 1º de janeiro a 20 de agosto, o setor computou 533 ocorrências de desaparecimento, entre homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos, que saíram de casa e deixaram de dar notícias aos seus familiares.
Deste número, 468 vítimas foram localizadas, sendo 450 com vida e 18 em óbito, representando 87,8% dos casos solucionados.
O trabalho do Núcleo de Desaparecidos inicia no momento em que a ocorrência é registrada. Não é necessário um período específico para a comunicação dos fatos. Basta apenas que a vítima esteja fora da normalidade dos seus hábitos.
A partir do registro, os policiais do Núcleo fazem o levantamento de informações que possam auxiliar a encontrar algum indício que levou ao desaparecimento. Dentre os trabalhos, são realizadas oitivas de pessoas próximas, como familiares, amigos, além de checagens em meios eletrônicos, como sites e redes sociais da Internet, que possam fornecer alguma pista.
Ao mesmo tempo em que é feita a busca de informações, o setor entra em contato com outras unidades como hospitais, unidades de saúde, casas de abrigo, Polícia Militar, Departamento Médico Legal e demais órgãos que possam auxiliar na localização do desaparecido.
Perfil
Dentre as vítimas desaparecidas, 357 são do sexo masculino, a sua maioria com idades entre 18 a 59 nove anos. No caso de vítimas mulheres, foram 176 casos registrados, sendo 77 vítimas com idades entre 12 e 17 e anos e 77 vítimas com idades entre 18 e 59 anos.
Motivação
As investigações apontam que apenas a maior parte dos desaparecimentos se deu de forma voluntária, quando por algum motivo, a pessoa optou por sair de casa ou deixar de dar notícias aos familiares.
Em 17 dos casos de desaparecimento registrado foi identificado o envolvimento de organizações criminosas, sendo cinco vítimas encontradas, duas delas com vida e três em óbito.
Mobilização Nacional de Coleta de DNA
A campanha do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) ocorre entre 26 e 30 de agosto e tem como objetivo principal coletar materiais biológicos de familiares de pessoas desaparecidas para buscas no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).
O trabalho tem por finalidade possibilitar a identificação de pessoas desaparecidas por meio de exames de bancos de perfis genéticos. Desta forma, com a tecnologia disponível, é possível identificar vínculos genéticos entre as pessoas cadastradas no banco.
A coleta de material genético é voluntária e procedida da assinatura de um Termo de Consentimento. O procedimento é indolor e consiste em esfregar um cotonete no interior da bochecha. O perfil genético obtido não será utilizado para nenhum outro fim, além da identificação do parente desaparecido.
Os doadores devem ser preferencialmente em primeiro grau da pessoa desaparecida, seguindo a ordem de preferência: pai e mãe, filhos e o genitor do filho da pessoa desaparecida; irmãos.
Mais informações sobre a mobilização podem ser passadas pela equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, pelos telefones: (65) 3613-8777 / (65) 98173- 0565.
Polícia Civil