As taxas de pobreza no Brasil atingiram o maior nível em 2021 em nove anos, segundo estudo elaborado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e publicado na última quinta-feira (26).
A taxa anual de pobreza no país saltou de 12,9% em 2012 para 15,7% em 2021 no país, tomando por base a linha de paridade do poder de compra a US$ 3,20 por dia.
O estudo mapeia que, a partir da recessão entre 2014 e 2016, os avanços no combate à pobreza e desigualdade da década anterior foram revertidos.
Fatores determinantes
A diminuição dos recursos para o Auxílio Emergencial em 2021, em plena pandemia, levou ao maior aumento da pobreza registrado depois do Plano Real.
Enquanto isso, o aumento da desigualdade de renda foi o principal fator do aumento da pobreza, anulando os ganhos que poderiam ter resultado do pequeno crescimento da renda média de 2016 a 2019.
Segundo a pesquisa, a diminuição dos recursos canalizados para a proteção social pelo Auxílio Emergencial resultou nas maiores taxas de pobreza em 2021, dentre todo o período analisado, mas “particularmente nos meses em que o benefício não foi pago”.
“As transferências sociais foram extremamente bem-sucedidas em anular o choque da Covid-19 em 2020, mas sua retração em 2021 foi mais rápida do que a recuperação do mercado de trabalho, resultando em números preocupantes”, explicam os pesquisadores.
Apesar disso, os autores da pesquisa avaliam que os programa de transferência cumprem um papel significativo, reduzindo a taxa de pobreza entre 20% e 40% a cada ano, dependendo da linha escolhida.
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Fonte: moneytimes.com.br