A Policia Federal (PF) prendeu na manhã deste sábado (14/12) o general da reserva Walter Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Jair Bolsonaro na chapa da campanha presidencial de 2022. Ele é alvo do chamado inquérito do golpe. A PF realiza buscas na casa do militar.
Segundo informações da jornalista Andréia Sadi, do portal G1, ele foi preso no Rio, em Copacabana, será enviado ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.
Na operação da PF, são cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra investigados que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.
Plano de golpe de Estado
Braga Netto é alvo da investigação da PF que indiciou também Bolsonaro e mais 35 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Entre os indiciados, estão ex-ministros do governo Bolsonaro, ex-comandantes do Exército e da Marinha, militares da ativa e da reserva e ex-assessores do ex-presidente.
A investigação aponta Braga Netto como chefe do grupo que planejou a intervenção militar. Ele teria aprovado e financiado um plano para matar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A investigação da PF também aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de “forma direta e efetiva” no planejamento de um golpe de Estado em 2022.
O documento foi encaminhado ao STF e teve seu sigilo derrubado por Alexandre de Moraes.
O relatório foi enviado para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão responsável por avaliar as provas e decidir se denuncia ou não os investigados.
Fonte: dw.com.br