Procurado pela Interpol, o ex-major da PM Sérgio Carvalho foi preso na Hungria, no dia 21 de junho
A Polícia Federal de Mato Grosso afirmou que a organização criminosa desarticulada nesta quarta-feira (6) pela Operação Catrapo era comandada pelo ex-major da PM de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como “Pablo Escobar brasileiro”.
Sérgio, de 63 anos, foi preso em Budapeste, na Hungria, no dia 21 de junho, após investigações que o apontaram como o chefe de operações internacionais que utilizam vários portos do Brasil.
Segundo delegado regional de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso, Jorge Gobira, o grupo se aproveitava da estrutura de aviação privada presente em terras mato-grossenses para receber as aeronaves carregadas com drogas.
Os entorpecentes vinham da Bolívia e do Peru com destino aos países europeus. No entanto, antes de chegarem ao destino final, o grupo utilizava fazendas no interior do Estado para armazenar as substâncias ilícitas.
“Ao longo das investigações verificou-se que essa organização adulterava os prefixos das aeronaves utilizadas no tráfico, chegando a ter três aviões com o mesmo prefixo”, afirmou Gobira.
Os policiais federais também identificaram uma estreita ligação entre o grupo com uma apreensão de mais uma tonelada de cocaína que ocorreu no aeroporto de Fortaleza (CE) em agosto de 2021.
Com esse avanço nas investigações, a PF conseguiu fechar o cerco que levou ao nome de Sérgio como chefe da organização. De acordo com Gobira, ele é o principal traficante da América do Sul da atualidade.
“Escobar Brasileiro”
Segundo informações do site UOL, o ex-major era procurado pela Interpol (Polícia Internacional) em países como Portugal, Espanha, além do próprio Brasil.
A organização criminosa que ele comandava é responsável pelo envio de 45 toneladas de cocaína para a Europa, avaliada em R$ 2,25 bilhões, a partir de 2017.
Quando foi preso na Hungria, Sérgio usava um passaporte falso com dados mexicanos. A operação para capturá-lo contou com apoio da Polícia de Portugal, pois o ex-policial usava o país como porta de entrada para os entorpecentes que vinham da América do Sul.
De acordo com a Folha, Sérgio vivia em imóveis de luxo nos países onde se escondia e chegou a comprar uma empresa, que utilizava para lavagem de dinheiro.
Fonte: www.midianews.com.br