Esther Dweck assume interinamente Ministério dos Direitos Humanos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, após denúncias de assédio sexual que vieram à tona na tarde desta quinta-feira (5). Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, a decisão foi justificada pela “natureza das acusações“, que tornavam insustentável a permanência de Almeida no cargo
As denúncias foram reveladas pelo portal Metrópoles e confirmadas pela organização Me Too, que recebeu relatos de mulheres alegando ter sido assediadas sexualmente pelo ex-ministro. Entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que se manifestou nas redes sociais afirmando ser “inaceitável relativizar ou diminuir episódios de violência“.
Franco elogiou a ação rápida do presidente Lula e pediu respeito à sua privacidade, afirmando que contribuirá com as apurações sempre que acionada. Ela também criticou a pressão sofrida para se pronunciar publicamente sobre o caso. “Tentativas de culpabilizar, desqualificar ou constranger vítimas alimentam o ciclo de violência“, declarou.
Almeida, que ocupava o cargo desde janeiro de 2023, negou as acusações em nota, chamando-as de “mentiras” e “ilações absurdas“. Ele solicitou apuração rigorosa do caso pela Controladoria-Geral da União, Ministério da Justiça e Procuradoria-Geral da República.
A Polícia Federal e a Comissão de Ética da Presidência da República abriram investigações para apurar os fatos. Enquanto isso, a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, assumiu interinamente a pasta de Direitos Humanos.
Fonte: canalrural.com.br