Imóvel pertenceu ao fazendeiro Manoel Cuiabano e foi lar do colunista social Jejé de Oyá
Mais um casarão localizado no Centro Histórico se transforma em ruínas, em Cuiabá.
Desta vez, trata-se da casa que pertenceu ao fazendeiro Manoel Pereira Cuiabano e foi lar do colunista social e carnavalesco Jejé de Oyá.
Construído com tijolos de adobe, o imóvel desabou no domingo (13), após a intensa chuva, durante a madrugada na Grande Cuiabá.
Nesta segunda-feira (14), pela manhã, a Defesa Civil esteve no local avaliando a situação e as casas próximas à Praça Antônio Corrêa, atrás da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte.
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A equipe interditou a passagem de veículos e de pessoas nas proximidades, para evitar maiores acidentes e também para retirada dos escombros, o que foi feito por um trator.
O órgão municipal identificou outras duas casas que correm risco de queda e esteve auxiliando os moradores a retirar móveis e até uma motocicleta.
Eles também foram orientados a deixarem as residências por causa dos riscos de novos desabamentos. Não houve feridos.
De acordo com o diretor da Defesa Civil, José Zanetti, durante a madrugada, o telhado da casa que fica em uma esquina logo atrás da igreja desabou e, por isso, há muitos escombros na rua.
“Caiu uma parte da frente dessa casa e vamos ter que demolir o restante. Tem muito escombro. Tinha uma pessoa que morava na casa, mas ele não se feriu e está retirando seus pertences. Vamos demolir uma outra casa que fica em frente, e tem outra que ainda está sendo avaliada”, disse.
Na região do Centro Histórico, há outros antigos imóveis que desabaram parcialmente e interditam, inclusive, a calçada e parte da faixa de rolamento.
Um deles está localizado na Rua Campo Grande.
Lá, um trecho da via foi bloqueado em janeiro de 2021, diante do perigo iminente de queda.
A interdição segue até o momento, sem que qualquer intervenção de recuperação fosse realizada no casarão, construído no século XVIII.
ABANDONO – No início de 2019, um levantamento feito pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) apontou o abandono de 98 casarões localizados no conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da Capital mato-grossense.
Desse montante, 43 já apresentam risco de desabamento e os outros 55 ainda precisavam passar por vistoria.
Na ocasião, os dados foram repassados ao Iphan.
Ao todo, o Centro Histórico conta com aproximadamente 400 imóveis tombados em conjunto (Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico), sendo apenas um deles tombado também isoladamente.
Neste último caso, trata-se da Igreja do Rosário e São Benedito (tombado em 1975).
Esses bens estão situados em uma área tombada, que compreende, basicamente as ruas Pedro Celestino (antiga Rua de Cima), Ricardo Franco (do Meio) e a Galdino Pimentel/7 de Setembro (de Baixo) e imediações das ruas 27 de dezembro e Cândido Mariano e Avenida Mato Grosso, entre outros.
Fonte: diariodecuiaba.com
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