De acordo com delator, Ecco teria pedido R$ 150 mil para não prender um suspeito
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso do investigador de Polícia Leandro Levinali Ecco, que tenta reverter sua prisão preventiva determinada na 2ª fase da Operação Renegados, deflagrada em novembro de 2021.
O pedido de liberdade já tinha sido negado, em decisão monocrática, no dia 10 de janeiro. Depois, recurso contra a decisão entrou em julgamento na Primeira Turma, que no último dia 25 manteve a negativa. A decisão foi publicada do Diário de Justiça desta sexta-feira (4).
Ecco foi acusado de, em conjunto com outras duas pessoas, ter cobrado R$ 150 mil para não cumprir um mandado de prisão contra um homem identificado como “Bugrão”. Com uma negociação, o valor caiu para R$ 80 mil.
Leia também – Um ano depois, STF nega recurso e obriga Cuiabá a seguir restrições do Estado
O caso teria acontecido em setembro de 2020 e foi delatado pelo policial civil Daniel de Paula Melo, que presenciou a transação, enquanto aguardava em um carro com outro policial. Ele registrou a ação criminosa em vídeo.
A extorsão cometida pelo grupo foi investigada pelo MPE, que apontou que o núcleo criminoso tinha participação de policiais civis e militares, que usavam informações privilegiadas, coletadas em investigações, para extorquir os alvos em troca de não serem presos.
A defesa do investigador alegou que a prisão preventiva contra Ecco, assinada pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, foi pautada exclusivamente pela delação de Daniel, e não preenche o requisito de contemporaneidade do crime. Dessa forma, sustentou que houve constrangimento ilegal.
Os advogados também apontaram que foi protocolado um primeiro pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, que foi negado sem sequer ter sido feita a análise do argumento de suposta decisão ilegal
“Renegados” tramavam morte de delator que entregou policiais corruptos..
Fonte:
reportermt.com