Empresário do ramo da mineração, Valdinei Mauro de Souza, o Nei Garimpeiro, afirmou que um garimpo seu foi alvo da Operação Hermes (Hg), deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (1), por ter comprado mercúrio de uma empresa fantasma. Ele esclareceu que comprou dentro da lei, mas a empresa funcionava de maneira ilícita. A princípio Nei Garimpeiro disse à reportagem que teve R$ 19 milhões bloqueados, mas depois voltou atrás.
O objetivo da operação é apurar e reprimir crimes contra o meio ambiente, comércio ilegal de mercúrio, organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros crimes. A polícia apreendeu mais de R$ 1 bilhão, prejuízo causado pelos criminosos. De acordo com as informações da PF, os delitos estão relacionados ao contrabando e acobertamento de mercúrio que abastece garimpos instalados na Amazônia Legal – Mato Grosso, Rondônia e Pará.
Ao Gazeta Digital Nei Garimpeiro inicialmente confirmou que teve valores bloqueados de sua conta de pessoa física. No entanto, o empresário depois voltou atrás na informação. O delegado lhe disse e que o motivo foi porque comprou mercúrio de uma empresa fantasma. Ele ainda explicou que a vendedora apresentou nota fiscal e por isso não desconfiou da ilicitude.
“Estou tranquilo, sei que não fizemos nada ilegal, não tinha como saber que a empresa era fantasma porque deram nota fiscal e tudo. O meu advogado Hélio Nishiyama vai ter acesso ao processo para possamos nos manifestar e fazer a defesa. Estou à disposição das autoridades”, afirmou.
Conforme apurado pelo Gazeta Digital, o empresário Marcelo Takahashi, proprietário da VM Mineração e Construção, também foi alvo da Polícia Federal.
Por meio de nota o grupo Fomentas Mining Company, de propriedade de Nei Garimpeiro, informou que o empresário não é alvo da operação, mas uma das empresas do grupo sim, por ter comprado mercúrio de empresa irregular.
Leia a nota na íntegra:
“Com relação a Operação Hermes (Hg) deflagrada nesta quinta-feira (1º), o grupo Fomentas Mining Company informa que ainda não teve acesso a decisão judicial.
O que se tem de informação até o momento é que uma das empresas do grupo foi alvo de busca apreensão, por ter comprado mercúrio de empresas supostamente irregulares.
O empresário Valdinei Mauro de Souza, por sua vez, não foi alvo da referida operação.
O grupo é dos pioneiros em Mato Grosso a iniciar a eliminação do mercúrio no processo de extração do ouro, inclusive tendo sido premiado por tal iniciativa.
Por fim, a Fomentas irá prestar todas as informações para colaborar com as investigações e acredita tanto no trabalho policial quanto da Justiça para esclarecer os fatos.”
Fonte: gazetadigital