OPERAÇÃO HERMES: Justiça bloqueia R$ 2,9 bi de quadrilha por extração ilegal de ouro

OPERAÇÃO HERMES: Justiça bloqueia R$ 2,9 bi de quadrilha por extração ilegal de ouro
Compartilhar

Justiça determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 2,9 bilhões de quadrilha acusada de comercializar mercúrio ilegal para abastecimento de garimpos de extração de ouro. Medida faz parte da Operação Hermes, deflagrada pela Polícia Federal, tem como sede de investigações Campinas (SP), mas com mandados em 8 cidades de Mato Grosso. Investigados por emprestarem dinheiro aos negociantes do material ilegal recebiam até 15% ao mês pelo “investimento”.

Em Mato Grosso foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Poconé, Peixoto de Azevedo, Cáceres, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Nossa Senhora do Livramento e Nova Lacerda.

Conforme apurado pelo gazetadigital, as empresas Cooperativa de Mineradores e Garimpeiros da Região de Aripuanã (Coopemiga), Dinâmo Consultoria e Canadá Administração Extração Mineral são alvos dos federais.

Conforme coletiva de imprensa referente a operação, os policiais passaram 10 meses analisando os materiais coletadas na primeira fase da ação e chegaram a pedir a prisão de envolvidos. Porém, em consenso com o Ministério Público Federal (MPF) foi decidido “apenas” pelas buscas, a fim de ter uma apuração mais robusta, uma vez que com as detenções ela teria que ser acelerada.

“Considerando as milhares de fontes que temos que checar, as prisões não seriam viáveis neste momento”, disse o policial federal Edson Geraldo de Souza, da unidade de Campinas.

Conforme apurado, o mercúrio contrabandeado pela organização criminosa chegava, principalmente, pela fronteira, de países como Bolívia e Guatemala. Material era enviado para empresas de São Paulo, que fradavam sistemas a fim de “dar legalidade” ao produto e distribuído aos demais envolvidos.

“Identificamos suma cadeia formada em Mato Grosso para distribuição deste mercúrio. Temos sócios e fornecedores. Os volumes transacionados são tão grandes que, às vezes, o principal investigado e seu sócio não tinham montante suficiente para investimento na quantidade de mercúrio disponível para vender aos garimpos”, afirmou a Polícia Federal.

Assim, eles buscam financiadores para fazer com que a máquina da organização girasse para compra de mais mercúrio ilegal. “O objetivo era não deixar a roda parar de girar. Assim pegavam dinheiro emprestado a juros atrativos, por isso muitas pessoas entraram no esquema. Pagar 10% a 15% por mês, não há investimento no mercado que consiga pagar isso, salvo drogas”, explicou.

A Operação Hermes (Hg) I
Deflagrada em no dia 1 de dezembro de 2022, foi a maior operação policial do país deflagrada para desarticulação de uso ilegal de mercúrio e iniciou-se a partir da investigação de uma empresa com sede em Paulínia, interior do estado de São Paulo, que utilizava criminosamente de suas atividades autorizadas produzir créditos falsos de mercúrio em sistema do IBAMA.

A partir da análise de milhares documentos e dispositivos eletrônicos, durante mais de 10 meses, a Polícia Federal identificou uma extensa cadeia organizada de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema ilegal de comércio de mercúrio e ouro extraído de garimpos na Amazônia e retirou 7 toneladas de créditos de mercúrio dos sistemas do IBAMA.

Fonte: gazetadigital,


Compartilhar
0 0
Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %