OPERAÇÃO FAKE FARMER: Golpista recebeu R$ 1,5 mi de uma vítima na negociação de 650 bois

OPERAÇÃO FAKE FARMER: Golpista recebeu R$ 1,5 mi de uma vítima na negociação de 650 bois
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Policial Civil de Cuiabá e Goiás prendeu na manhã desta terça-feira (24) 33 dos 57 alvos da Operação Fake Farmer, que busca desarticular uma associação criminosa de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro em negociações de vendas agropecuárias.

Mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Diamantino, Araputanga e Paranaíta. Outros 61 mandados de busca e apreensão também foram executados.

Segundo o delegado Leonardo Dias Pires, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), os falsos intermediadores conseguiram por meio de conversas paralelas “enganar” vítima e comprador, em uma transação de 650 cabeças de gado, no valor de 1,5 milhão.

“Podemos afirmar que todos os indivíduos que foram capturados, integram essa associação criminosa”, afirmou o delegado.

Leonardo Dias Pires

Conforme informações, a fraude eletrônica teria ocorrido em 2021, já a lavagem de capital ainda está sendo investigada. Os suspeitos utilizaram 6 contas bancárias de diferentes titularidades, sendo todas de Mato Grosso, para recebimento do dinheiro ilegal.

Marcelo Torhacs, delegado da Polícia Civil e coordenador da operação, conta que mais de 200 policiais participam da ação conjunta entre os estados e que a maioria dos alvos são de Mato Grosso.

Marcelo Torhacs

“Em um cofre de um dos alvos foi encontrado 106 mil reais, então existem muitas pessoas associadas em camadas que vão movimentando o dinheiro, pulverizando. Isso é uma tipologia da lavagem de dinheiro”, afirmou o coordenador.

Na ação ocorreu o sequestro judicial de R$ 1,5 milhão e o bloqueio de mais de 830 contas bancárias ligadas aos investigados. Os trabalhos contam ainda com apoio logístico e planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ).

Operação

De acordo com apuração, a quadrilha agia principalmente em Mato Grosso. Em um dos casos, após manter contato com vasta lista de corretores de gado, o golpista intermediou a venda, se apresentando ao real proprietário dos animais como devedor do comprador. Ao comprador, o mesmo suspeito disse que havia adquirido o rebanho por meio de uma negociação imobiliária, enganando assim as duas vítimas.

Na negociação, o comprador foi induzido pelo estelionatário a efetuar seis transferências PIX que totalizaram um milhão e meio de reais para criminosos domiciliados em Mato Grosso que, por sua vez, pulverizaram o valor entre outras 52 pessoas envolvendo várias instituições bancárias.

Fonte; gazetadigital


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