O secretário de Estado americano, Antony Blinken, iniciou sua quarta viagem à região desde o início do conflito em Gaza que completou três meses neste domingo (07/01).
Depois de passar por Turquia e Grécia, onde conversou com autoridades dos dois governos, o americano se reuniu em Amã com o rei Abdullah da Jordânia. O roteiro de sua viagem inclui também Israel, Cisjordânia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito.
Blinken quer pressionar as nações da região para que estejam preparadas para ajudar nos esforços de reconstrução, governança e segurança em Gaza. O secretário expressou preocupação com o aumento das tensões entre Israel e o grupo islamista Hisbolá, no Líbano, em meio às agressões dos dois lados da fronteira. “Queremos fazer todo o possível para evitar uma escalação”, afirmou.
No encontro com Blinken, o rei Abdullah da Jordânia pediu que Washington use sua influência para pressionar Israel a aceitar um cessar-fogo imediato, alertando sobre possíveis “repercussões catastróficas” da campanha militar israelense no território palestino.
A violência tem aumentado também na Cisjordânia, onde um ataque aéreo israelense matou seis palestinos na cidade de Jenin neste domingo. Um policial de fronteira israelense morreu após a explosão de uma bomba em uma estrada, e um civil israelense foi morto a tiros próximo a Ramallah.
Diplomata europeu se reúne com Hisbolá
Josep Borrell esteve em Beirute neste sábado, onde conversou com membros do Hisbolá sobre as tensões com Israel. “Concordamos em trabalhar através dos meios diplomáticos para o alívio das tensões e pela estabilidade em longo prazo, que são do interesse de todos”, afirmou.
O próximo destino do diplomata europeu será a Arábia Saudita, onde ele discutirá a criação de uma iniciativa conjunta árabe-europeia em busca da paz na região.
Apesar das preocupações globais com a morte e destruição na Faixa de Gaza e da forte pressão internacional por um cessar-fogo, a opinião pública em Israel se mantem favorável à operação militar no enclave palestino, ainda que o apoio ao premiê Benjamin Netanyahu tenha despencado.
Ele não assumiu responsabilidade pelas falhas de segurança no ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro do ano passado, quando mais de 1,2 mil pessoas foram mortas nos ataques terroristas do Hamas em solo israelense. Estima-se que cerca de cem reféns ainda estejam sob domínio dos extremistas.
“A guerra não vai terminar até que nós tenhamos atingido todos os nossos objetivos: a eliminação do Hamas, o retorno de todos os reféns e a garantia de que Gaza não representa mais ameaças a Israel”, afirmou o premiê em reunião com seu gabinete neste domingo.
A ofensiva israelense em retaliação os ataques terroristas matou até este domingo 22.835 palestinos, segundo as autoridades de Saúde em Gaza.
Fonte: dw.com