A notícia da dissolução da União Soviética, em 1991, surpreendeu muita gente pelo fato de, aos olhos de outros países, o bloco soviético parecer robusto e invencível.
No entanto, a burocracia e a repressão ideológica fizeram com que o país, que chegou a dominar um sexto do território mundial, fosse ruindo aos poucos.
A economia foi fator chave para determinar a queda. “As mudanças de fato começaram a partir de cima, porque foi isso que a perestroika [conjunto de reformas da década de 1980] declarou. Mas foi a pressão vinda de baixoque acabou provocando a queda da União Soviética e acabou com o regime”, diz Carmen Claudín, pesquisadora do Centro de Estudos e Documentação Internacional de Barcelona e especialista no tema. “Particularmente, [a queda da URSS] não foi uma tragédia, era algo inevitável.
Foi uma época dura e obscura talvez. Mas de muita esperança. Esperávamos pelo melhor nessa época”, lembra Andrei Kolesnikov, que além de ter testemunhado o momento histórico, é presidente do Programa de Políticas e Instituições Políticas Russas do Centro Carnegie de Moscou. O atual líder russo, Vladimir Putin, não concorda.
Ele já afirmou no passado que o fim da URSS foi “a maior catástrofe geopolítica do século 20”. E muitos veem em suas ações, incluindo a invasão da Ucrânia, uma tentativa de reestabelecer a influência soviética sobre os vizinhos.
Neste vídeo, nossa repórter Lais Alegretti explica a formação e a queda da antiga potência mundial e de suas áreas de influência no contexto de duas guerras mundiais e da Guerra Fria.
Confira.
BBC NEWS BRASIL