A primeira notificação de contaminação pelo fundo foi confirmada no final de setembro
O que é o Candida auris, superfungo que infectou pessoas em BH
Candida auris é o nome de um “superfungo” que tem uma alta disseminação e resistência a, pelo menos, um medicamento antifúngico.
O C. auris pode causar uma série de infecções, que vão desde superficiais, na pele, até a mais graves e potencialmente fatais, se chegarem na corrente sanguínea. Por ser resistente a medicamentos, pode ser uma infecção difícil de ser combatida, mas, no geral, acomete pacientes com saúde debilitada e que já possuem comorbidades.
Diferentemente de outros fungos presentes na natureza, que não sobrevivem a temperaturas acima de 36,5°C, ele suporta temperaturas entre 37°C e 42°C, por isso, não são naturalmente mortos pela temperatura do corpo humano.
Quais são os sintomas do Candida auris
A ciência defende que não existe um conjunto de sintomas que seja comum a todas as infecções por C. auris, já que dependem do local que o fungo atinge e da gravidade de cada caso. Então, ele pode causar problemas em diferentes partes do corpo, como pele, ouvidos e até no sangue. Alguns sinais de alerta podem ser semelhantes aos sintomas de infecções bacterianas, como febre ou calafrios.
Também é possível que uma pessoa carregue o fungo sem manifestar sintomas, mas ainda ativamente disseminando para outras. O C. auris acomete pessoas, tradicionalmente, em ambientes hospitalares, comumente não afetando pessoas saudáveis.
Fatores de risco para o Candida auris
Alguns equipamentos e máquinas hospitalares apresentam maior risco para pessoas que tenham comorbidades. Por exemplo, pacientes que necessitam de tubos para respiração, tubos de alimentação ou sondas podem estar mais suscetíveis.
Como o Candida auris chegou ao Brasil
De acordo com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o primeiro caso de Candida auris foi registrado no Brasil em 2020, em Salvador. Um dos principais motivos que contribuiu para o surgimento do fungo em solo brasileiro foi o funcionamento de unidades hospitalares durante a pandemia, que operavam em capacidade máxima e dificultava práticas de controle de infecções.
Já em Belo Horizonte, a SES-MG acredita que o superfungo teria sido ‘importado’ da Colômbia, por meio de um paciente que viajou para o país sul-americano. Por lá, a presença do C. auris é documentada recorrentemente e, inclusive, houve um surto de infecções em 2016.
Fonte: otempo.com.br