Nunes e Marta foram os únicos prefeitos de SP que tentaram a reeleição e lideraram numericamente pesquisas eleitorais a 3 meses do 1º turno
São Paulo – A três meses da eleição, marcada para 6 de outubro deste ano, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), apresenta o melhor desempenho em pesquisas de intenção de voto em comparação com todos os seus antecessores que tentaram a reeleição.
Com 24% das intenções de voto, Nunes aparece tecnicamente empatado com o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), com 23%, no levantamento divulgado pelo Datafolha nessa sexta-feira (5/7)
Levantamento do Metrópoles mostra que desde a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), a primeira a tentar a reeleição na capital paulista, em 2004, nenhum prefeito apareceu numericamente à frente nas pesquisas do Datafolha faltando três meses para a eleição.
Hoje, Marta é vice na chapa de Boulos, principal adversário de Nunes
Reeleições em SP
A reeleição de um prefeito, inclusive, não é tão comum aos eleitores paulistanos desde que passou a ser permitida no país, em 1997. Apenas Gilberto Kassab (PSD), em 2008, e Bruno Covas (PSDB), em 2020, foram reeleitos.
Os dois chegaram à Prefeitura na condição de vices que assumiram no lugar de seus antecessores – os tucanos José Serra, em 2006, e João Doria, em 2018, deixaram os respectivos cargos para concorrer ao governo estadual.
O atual prefeito, Ricardo Nunes, tem situação semelhante, tendo assumido como vice de Bruno Covas, que morreu em maio de 2021, em decorrência de um câncer.
A três meses das eleições municipais, tanto Kassab quanto Covas apareciam atrás nas pesquisas. Em 2008, Kassab estava em terceiro, com 13%, atrás de Geraldo Alckmin (PSDB), com 31%, e de Marta, com 38%.
Já em 2020, Covas apresentava 20% das intenções de voto, segundo o Datafolha, e estava atrás de Celso Russomanno (Republicanos), com 28%.
Quatro anos antes, em 2016, o petista Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, tentou se reeleger na Prefeitura, mas perdeu para Doria no primeiro turno. Naquele ano, a três meses da eleição, Haddad aparecia apenas em quarto lugar, com 8% das intenções de voto.