Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Estado registrou 2,5 feminicídios para cada grupo de 100 mil mulheres em 2023
Mato Grosso está entre as 17 unidades da Federação que apresentam taxas de feminicídio mais altas do que a média nacional. Enquanto o coeficiente do Brasil referente a esse tipo de crime em 2023 é de 1,4 mulheres mortas por grupo de 100 mil, no Estado é de 2,5 feminicídios. É a segunda maior taxa do país.
Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado na última quinta-feira (18), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Conforme o FBSP, o feminicídio é um crime de ódio ao gênero e, de acordo com a legislação brasileira, que o tipificou em 2015, está configurado quando uma mulher é morta em contexto de violência doméstica e/ou e por menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Além de Mato Grosso, as maiores taxas são encontradas em Rondônia (2,6); Acre (2,4); Tocantins (2,4); Distrito Federal (2,2); Mato Grosso do Sul (2,1); Minas Gerais (2,1); Paraíba (2,1); Piauí (2,1); Pernambuco (2,1); Roraima (1,9); Espírito Santo (1,8); Goiás (1,6); Bahia (1,5); Maranhão (1,5); Rio Grande do Sul (1,5); e Santa Catarina (1,5).
Em números absolutos, o Estado registrou 46 feminicídios no ano passado, um a menos (-2,1%) que em 2022. No país, foram 1.467 mulheres vítimas de feminicídio em 2023, o maior número já registrado desde que a lei foi criada, segundo relatório do Fórum Brasileiro.
O cenário também é semelhante em relação ao homicídio de mulheres. Enquanto a média nacional é de 3,8 crimes, em nível estadual esse índice salta para 5,7 ocorrências em 2023. No ano passado, 103 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, duas a mais (2,0%) que em 2022.
Já os estados com as piores taxas são o Amazonas (6,4); Rondônia (6,1) e Bahia (6,0). As menores delas são encontradas em São Paulo (1,9), Santa Catarina (2,8) e Minas Gerais (3,1).
O estudo do Fórum Brasileiro se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da Segurança Pública.
Fonte: diariodecuiaba.com.br