O governador Mauro Mendes (União) vai se reunir na noite desta terça-feira (3) com interventor, Hugo Fellipe de Lima, para receber as informações obtidas nos 3 primeiros dias de intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá. Em entrevista à imprensa, o chefe do Executivo antecipou, sem dar muitos detalhes, que o “pente-fino” realizado na pasta já diagnosticou problemas “dez vezes mais graves que falta de médicos e medicamentos”.
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“Eu estou me dedicando a fazer esse acompanhamento. Hoje no final do dia eu vou ter uma reunião com o interventor para que ele possa trazer os relatos sobre os primeiros achados e providências que foram adotadas… Ele já me adiantou outras coisas que são dez vezes mais graves que falta de médicos e de medicamentos”, disse durante a entrega de armas e equipamentos à Polícia Militar.
Em seu discurso, Mendes afirmou que o processo de intervenção representa “mais uma vergonha nacional” ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Ele também afirmou que as informações obtidas durante o procedimento servirão como base para formatação de um “dossiê” que será encaminhado aos órgãos de controle e ao Poder Judiciário.
Nesta terça, o interventor determinou o cadastramento de todos os servidores públicos efetivos, comissionados, contratados temporários, terceirizados, estagiários e outros colaboradores da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e da Empresa Cuiabana de Saúde Público.
Segundo Mendes, a medida busca listar todos os trabalhadores e prestadores de serviço da pasta. O gestor, contudo, não deu prazo para que as ações da intervenção comece a surtir efeito atendimento que é oferecido à população.
“Estamos fazendo um trabalho técnico para que em um curto espaço de tempo possamos ter um diagnóstico sobre o porque chegou nesse ponto. Precisamos recuperar rapidamente a qualidade desse serviço em Cuiabá, porque hoje as pessoas estão morrendo”, acrescentou.
Durante coletiva, Mendes reagiu a manifestações de servidores sobre os salários atrasados. O gestor afirmou que a gestão buscará regularizar a situação, contudo, deixou claro que não poderá fazer nenhum “milagre” para solucionar os problemas.
Segundo o Gabinete de Intervenção, os salários dos servidores até quinta-feira (05). Por meio de nota, a nova informou que não havia saldo disponível em conta. O dinheiro caiu na sexta-feira (30.01), mas por conta das comemorações nacionais o banco suspendeu suas atividades.
“Eu nomeei um interventor, não nomeei um milagreiro. Ninguém pode esperar que um caos que está ai há quase 6 anos seja solucionado em 3, 4 dias seja resolvido”, disse Mendes.