Adriana Borges Souza da Matta estava presa desde o dia 23 de março. Sandro Louco, sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo e mais 10 criminosos continuam presos.
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, mandou soltar 23 alvos da Operação Ativo Oculto, que desarticulou o núcleo financeiro do Comando Vermelho de Mato Grosso. Dentre os beneficiados, está a advogada Adriana Borges Souza da Matta, que representa o faccionado Sandro da Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”.
Adriana foi presa temporariamente pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ela e mais 33 pessoas tiveram mandados de prisão cumpridos no dia 23 de março.
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Como a prisão temporária é válida por apenas 30 dias e nem o Ministério Público, nem o Gaeco pediram prorrogação da prisão, o magistrado mandou soltar 23 criminosos.
Além disso, o juiz manteve a prisão de Sandro Silva Rabelo, sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, conhecida como “Patroa”, e mais 10 criminosos.
Veja os bandidos soltos:
Leandro Nascimento da Costa; Ronivalte Gomes Barosa; Sérgio Pereira da Silva; Carlos Cesar Ferreira da Silva; Cleiton José da Silva; Gauber Souza Lima; Glauber Rodrigues da Silva Amorim Corrêa; Eder Marques de Souza; Pablo Antônio de Lima; José de Alencar Brito Oliveira; Marcelo da Rocha Silva; Victor Lucas Oliveira Aguiar; Thiago Amorim Pereira; Luiz Fernando As Silva Oliveira; Jhonatan Alves Ventura; Weliton Felipe Gonçalves de Andrade; Adriana Borges Souza da Matta; Jusiley Borges Pinto; Elaine Cristina de Oliveira; Ana Kely Costa de Assis Carvalho; Marcelo Algusto Gomes Pinto; Wdson Henrique Correia Martinez; e Talita Liandra Barbosa Matias Dos Santos.
Veja bandidos que continuam presos:
Sandro Silva Rabelo, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, Luiz Fagner Gomes Santos; Juliana Sousa Amorim; Rafael Gomes dos Santos; Thiago Queiroz dos Santos; Suelen Maria de Santana; Abraão Lincoln Santana Araújo; Robson José Pereira de Araújo; Leonardo dos Santos Pires; Adeilton do Amaral Tavares; e Everton Danilo Jesus Batista.
Advogada serviu de “laranja”
De acordo com as apurações do Gaeco, Adriana atuava diretamente nos interesses da organização criminosa e, principalmente, de Thaisa Rabelo, esposa de Sandro Louco. Adriana seria como “laranja” para ocultar a vida luxuosa da mulher.
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O Gaeco apontou que a advogada foi responsável pelo contrato de locação ideologicamente falso, dos imóveis de alto padrão nos quais Thaisa residiu, sendo um no Condomínio Brasil Beach Home Resort Cuiabá e outro no Condomínio Florais da Mata.
“Adriana Borges Souza da Mata consta como locatária do imóvel no Condomínio Florais da Mata, com valor de locação em R$ 9.6 mil mensais, em que pese, pela análise documental, nunca ter de fato residido nos imóveis”, diz trecho do pedido de prisão da advogada.
Conforme a apuração, a advogada serviu de laranja no aluguel como estratégia de dissimulação dos valores, já que Thaisa não tinha ocupação lítica, não podendo arcar com tal valor de locação.
Os relatórios financeiros também apontaram que Adriana teria realizado transferências bancárias de R$ 233.895,50 a uma pessoa identificada como Cidiney Rodrigues Ferreira, através de 61 operações financeiras.
Ela também ‘alugou’ um token e uma conta bancária, pelo custo mensal de R$ 2 mil, apontaram os investigadores. As contas seriam usadas para lavar valores oriundos das ações do Comando Vermelho.
Fonhte: reportermt.com