O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) vai reforçar o monitoramento para fiscalizar financiamentos do crime organizado nas eleições municipais de 2024. O diretor-geral do Tribunal, Mauro Sérgio Rodrigues, destacou, durante a primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), na segunda-feira (20), a crescente preocupação.
Segundo ele, antecipação e o monitoramento rigoroso serão essenciais para evitar problemas como a compra de votos, financiamento ilegal de campanhas e ameaças. Diogo afirmou que a preocupação com o crime organizado nas eleições eleitorais é uma questão clara e que precisa ser acompanhada de perto, uma vez que existe o planejamento para fazer um ou dois vereadores em algumas cidades de Mato Grosso.
‘Identificamos algumas situações nas eleições de 2022, e a ideia do serviço de inteligência é exatamente antecipar esses problemas. Se houver movimentações relacionadas à compra de votos ou ao crime organizado, o GGI (Gabinete de Gestão Integrada) atuará de forma preventiva’, explicou.
O GGI, que vem operando desde 2010, será fundamental para o monitoramento durante as eleições. ‘Embora hoje não tenhamos nada concreto, a partir daqui, com o Serviço de Inteligência Todos Unido, a ideia é antecipar todos os fatos para que a gente não tenha problema’, destacou Diogo.
Conforme o diretor, nas eleições de 2022, foram identif icados casos de financiamento ilegal de campanhas, compra de votos e ameaças. Diogo destacou que a eleição municipal de 2024, por ocorrer em um ambiente onde todos se conhecem, especialmente em cidades pequenas, pode ser ainda mais suscetível a essas práticas.
‘Em cidades pequenas, onde todos se conhecem, poucos votos podem fazer diferença. Então, precisamos ajustar nossa logística para evitar esses problemas’, disse ele. Diogo também mencionou que presidentes de bairros eleitos recentemente podem ter sido financiados pelo crime organizado, o que levanta preocupações semelhantes para os vereadores.
‘Estamos sempre monitorando. Se identificarmos problemas durante o processo, atuaremos em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Militar, a Abin e o Exército. A ideia é monitorar tudo para agir preventivamente’, afirmou. A eleição municipal de 2024 trará desafios adicionais devido ao grande número de candidatos.
‘Enquanto em uma eleição geral temos cerca de 600 candidatos, em uma municipal podemos ter 13 a 14 mil candidatos no Estado. Isso aumenta a complexidade do pleito’, observou Diogo.
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Fonte: gazetadigital.com.br