Não bastasse o calor, a baixa umidade relativa do ar também pode influenciar até na validade do produto
Sabe aquela peta crocante ou, se preferir, o biscoitinho de polvilho que tanto agrada ao paladar dos brasileiros nos quatro cantos do Brasil?
Aquele que, nas primeiras mordidas, o sabor e a crocância tornam-se viciantes?
Que, na praia, na frente da TV, do computador… se come compulsivamente?
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Então, fabricar e levar esses biscoitinhos às ruas ou comércios de Cuiabá e Várzea Grande não é uma tarefa fácil.
Há três anos, os empresários fazem sucesso com os biscoitos “Vó Rikka”, hoje produzidos em cinco variedades de sabores
O calor causticante, que mantém temperaturas cotidianas a níveis quase insuportáveis entre 41, 42, 43 ou mais graus – é o maior desafio da qualidade do produto.
O empresário Eder Beckmam, 42 anos, produtor do biscoito de polvilho “Vó Rikka”, aprendeu a duras penas sobre essa interferência do calor.
Eder e o sócio Aguiar Sereda são donos da “Delícias da Vó Rica”, fábrica artesanal de petas e outros salgadinhos, sediada em Várzea Grande.
Não bastasse o calor, segundo ele, a baixa umidade relativa do ar também pode influenciar até na validade do produto.
Como em Cuiabá, Várzea Grande e arredores, onde há períodos do ano em que a umidade cai para 15%, o desafio da manutenção da qualidade torna-se maior.
Para manter longevidade e crocância, Eder conta que a saída é produzir biscoitos no período noturno. E, de preferência, em ambiente com ar-condicionado.
Além da receita tradicional (de ovos, polvilho, água e sal), tem de alho e cebola, queijo, pimenta e multi grãos (chia, linhaça, gergelim e quinoa)
Então, a fábrica deles só funciona à noite.
“Se está muito quente, o risco de a massa desandar é grande. Se isso ocorrer, as perdas podem ser altas”, explica ele.
No começo, diz Eder, tiveram muitas perdas.
Mas, a partir da adoção da rotina de produção noturna, tendo à frente uma experiente produtora de petas artesanais, a qualidade tornou-se destaque no mercado consumidor.
Há três anos, os empresários fazem sucesso com os biscoitos “Vó Rikka”, hoje produzidos em cinco variedades de sabores.
Além da receita tradicional (de ovos, polvilho, água e sal), tem de alho e cebola, queijo, pimenta e multi grãos (chia, linhaça, gergelim e quinoa).
A comercialização ocorre em alguns supermercados, feiras de órgãos públicos, entre os quais Tribunal de Justiça, Tribunal Regional do Trabalho e Secretaria de Saúde.
Desde que começaram no ramo, também estão no tradicional “bulixo” do Sesc-Arsenal,
Aos 71 anos, “seu” Osmar Beckmann, pai de Éder, é o que se pode definir como “garoto propaganda” das petas.
É ele quem vende as petas nas feiras dos órgãos do Centro Político Administrativo (CPA), por exemplo.
Desde que vendeu o sítio no interior do Estado, levar os biscoitos de polvilho às feiras tornou-se a principal atividade de “seu” Osmar, na cidade grande.
“Meu pai é o salvaguarda das petas. O vô das petas, como sempre escutamos as pessoas se referindo a ele”, celebra Eder
A comercialização ocorre em alguns supermercados, feiras de órgãos públicos, entre os quais Tribunal de Justiça, Tribunal Regional do Trabalho e Secretaria de Saúde
De acordo com Eder, o nome biscoitos “Vó Rikka” foi criado com a ideia de remeter ao nome da marca que adquiriram, e que já era bastante conhecida na região.
Mas, segundo ele, dentro do plano empreendedor da empresa não está descartada a possibilidade de mudança, uma vez que agora também faz referência à imagem de “seu” Osmar.
Eder Beckmann disse que a empresa está fazendo um trabalho de consultoria junto ao Sebrae-MT, que inclui estabelecer novas metas de vendas, padronização da rotulagem, entre outras melhorias.
Fonte: diariodecuiaba.com.br