MT tem 15 internações por dia por saneamento inadequado

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Em Mato Grosso, 5.687 pessoas foram internadas por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (DRSAI) em 2024, e a taxa de incidência chega a 14,824 casos a cada 10 mil habitantes. Os números representam uma média de 15 hospitalizações por dia, que custaram R$ 2,550 milhões aos cofres públicos no ano passado, com despesa média de R$ 448,45 por internação.

A principal doença é da transmissão feco-oral, responsável por 3.151 internações, seguida de infecção propagada por um inseto-vetor, como o Aedes aegypt, causador das arboviroses, que corresponde a 2.436 internações. Doenças relacionadas à higiene compreendem 91 internações, Geohelmintos e teníases 8 hospitalizações, e transmitidas através do contato com a água, uma internação. Os dados são da pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (19).

A maioria das pessoas afetadas são crianças de 0 a 4 anos, responsáveis por 1.807 internações. Da faixa etária dos 20 aos 59 anos, foram 1.747 hospitalizações. Idosos com mais de 60 anos compreendem 989 internações. De 10 a 19 anos, 582 e de 5 a 09 anos, 562.

A epidemiologista Ana Paula Muraro explica que o estudo do Trata Brasil mostra a importância em avançar no processo de saneamento básico em Mato Grosso para reduzir o número de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. A falta de saneamento coloca a saúde das pessoas em risco e sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS) com doenças evitáveis. Mato Grosso é um estado grande e com disparidades regionais importantes, não só quanto a sua população, mas principalmente a sua infraestrutura em relação ao saneamento básico e cuidados à saúde. Qualquer ação para reduzir essas doenças necessita do envolvimento de vários setores, não só da saúde ou de infraestrutura.

Segundo Ana Paula, uma questão básica é o acesso à água potável e coleta de esgoto. Precisamos pensar que isso se relaciona não só com as doenças de veiculação hídrica (como diarreia e gastroenterites, a leptospirose e hepatites), mas também para doenças com vetores como dengue, zika e chikungnya, que estamos em situação crítica desde o ano passado. Tem muito que melhorar nesse acesso e sua distribuição nos 142 municípios do Estado. Esse investimento geraria qualidade de vida e benefícios socioeconômicos, com redução de custos com saúde e aumento de produtividade.

 

 

 

Fonte: www.gazetadigital.com.br


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