Após o início dos deslizamentos de rochas no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, e a consequente interdição parcial da rodovia que liga Cuiabá à cidade, o município de forte atividade turística tem sofrido com os reflexos na economia local. O prefeito Osmar Froner (União) citou problemas no setor imobiliário e nos preços do comércio, porém, está confiante que a situação irá melhorar, principalmente após sinalização positiva do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para as obras na MT-251.
Desde dezembro do ano passado o paredão do Portão do Inferno tem registrado deslizamentos de rochas e, com a sequência de movimentação, o trânsito ficou interditado parcialmente no trecho. O trânsito segue em meia pista, no esquema de pare e siga, e apenas para veículos leves.
A situação afastou muitos turistas e, ao GD, o prefeito Osmar Froner afirmou que há tempos a cidade está sentindo os efeitos disso, como nos preços do comércio e em outros setores da economia.
“O setor imobiliário para um pouco, o de visitação para, de turismo para. Aqui nós temos 4.320 casas de veraneio, as pessoas deixam de subir. Agora melhorou um pouquinho por que parou a chuva, mas as pessoas não vêm passear se for esperar na fila”, disse.
Apesar das dificuldades, a prefeitura manteve o anúncio do tradicional Festival de Inverno, que ocorre no meio do ano. Serão 9 dias de festival, com shows nacionais de artistas como Maiara e Maraisa, Titãs, Michel Teló e outros, com datas entre os dias 19 de julho e 4 de agosto.
“É a nossa preocupação, porque tem dois meses para a festa […] Nós estamos pensando em fazer um evento em junho para as pessoas circularem aqui e deixar um dinheirinho na cidade”, contou o prefeito.
Desde o início do ano, representantes de setores da economia de Chapada dos Guimarães têm se mobilizado cobrando medidas para a retomada do turismo e comércio na região. Um ato foi realizado no Dia Nacional do Turismo Ecológico, em fevereiro deste ano.
No último dia 7 de maio, os presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça e Mauro Oliveira Pires, respectivamente, deram uma sinalização positiva para as obras propostas pelo governo do Estado como solução para o problema na MT-251, no trecho do Portão do Inferno.
A sugestão foi de fazer um recorte dos paredões na Chapada, em um novo traçado para a rodovia. Uma comitiva de Mato Grosso foi à Brasília e obteve como resposta que em 30 dias haverá uma conclusão sobre a liberação das obras. Froner está confiante com esta possibilidade.
“Eu acho que lá vai avançar porque nós colocamos para o Ibama que se não conseguirem em 30 dias, que eles façam delegação de competência para a Secretaria de Meio Ambiente, e aí a Sema daria licença. Se tiver a liberação para fazer a licença é rápido para a obra ser executada, já está licitada. […] Eu estou confiante, somei com a comitiva do Governo e expus a situação na cidade, mas é está dando prejuízo, diminuiu muito o fluxo na cidade”, pontuou.
Ainda que as obras se iniciem em 30 dias, Froner destacou que só devem ser concluídas, no mínimo, em outubro, já que o cronograma prevê 4 meses de obra.
Mesmo assim ele espera que o Festival de Inverno de 2024 não seja tão prejudicado, avaliando que deve ser apenas “um pouco impactado, porque acaba subindo muita gente, mas sem estes obstáculos seria melhor”.
Fonte: gazetadigital.com.br