MT: Servidores da Educação iniciam debate sobre salário e param atividades por 24 horas

MT:  Servidores da Educação iniciam debate sobre salário e param atividades por 24 horas
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Servidores da educação de Mato Grosso paralisaram por 24 horas as atividades da categoria, nesta segunda-feira (12), para realizar uma Assembleia Geral com objetivo reivindicar melhores condições salariais, o fim do confisco das aposentadorias e para a realização de concursos públicos. O movimento que reuniu profissionais da capital e do interior ocorreu no Centro Político, em Cuiabá.

 

Em entrevista ao GD, o presidente Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Valdeir Pereira, disse que o objetivo é insistir em um diálogo para que 3 pautas prioritárias sejam atendidas, as mobilizações da categoria devem seguir até novembro

“A assembleia de hoje irá discutir a falta do diálogo com o governo do Estado, a gente tem insistido em 3 pautas prioritárias que é o fim do confisco das aposentadorias, concursos públicos e também uma campanha salarial que realmente valorize os trabalhadores, a agenda de mobilização segue até novembro que é quando teremos outro conselho de representantes”, explicou.

 

Ao todo, 40% das escolas de MT aderiram ao movimento de paralisação. Já nas cidades de Lucas do Rio Verde e Vila Bela da Santíssima Trindade, as escolas fecharam totalmente. Conforme Eriksen Carpes, presidente do Subsede de Lucas, o objetivo da categoria é lutar pelos direitos de todos os profissionais que prestam serviço na educação

“A maioria dificuldade que nos temos aqui em Lucas é que por ser uma cidade do interior as acomodações são muito caras, uma quitinete não é menos que um salário mínimo, e um trabalhador que trabalha na limpeza da escola recebe isso, então como que ela sobrevive, como que mora e come, então é para além do professor a preocupação é para todos os trabalhadores”, pontuou.

 

A última pauta prioritária que será apresentada para deliberação é a realização de Concurso Público para todos os cargos da educação. São quase 70% de contratos precários na rede estadual. A prática prejudica o processo educacional com a descontinuidade da aprendizagem, impacta na remuneração já que os interinos não têm progressão na carreira, e prejudica a Previdência estadual, pois a contribuição dos contratados vai para o INSS, ampliando ainda mais o chamado déficit atuarial do MTPREV.

 

A reportagem do GD entrou em contato com a Seduc, que informou por meio de nota que nem todas as escolas aderiram o movimento. Confira na íntegra:

”A paralisação proposta pelo Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público), nesta segunda-feira (12.08), não teve adesão dos profissionais de 639 escolas estaduais, ou seja, 98,7% das unidades funcionaram normalmente. Apenas nove escolas estaduais aderiram à paralisação, o que representa 1,3% do total.

A principal reivindicação do sindicato é salarial. Na rede estadual, um professor nível B com 30 horas-aula recebe R$ 5.253,95 e com 40 horas-aula, R$ 7.005,09. Além disso, os professores têm 45 dias de férias anuais, sendo 15 em julho e 30 dias ao final do ano letivo.

Estão com as atividades paralisadas duas escolas em Cuiabá, duas em Pontes e Lacerda, duas em Campo Novo, duas em Tangará da Serra e uma em Denise.”

Fonte:  gazetadigital.com.br


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