Em recente confraternização com sua patotinha – apadrinhados do seu gabinete – o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), fez um pequeno discurso e em sua fala deixou claro, afirmando aos presentes, que vai voltar à chefia o Executivo municipal.
A certeza empenhada em sua fala, leva a crer que o processo de cassação da chapa liderada pela prefeita eleita, Flávia Moretti (PL), vai de vento em popa e que seu clã acredita piamente na invalidação da vitória de Flávia.
Mas o que chama à atenção, justamente pela incoerência, é que se o atual gestor tem tanta certeza de que vai voltar ao cargo, por que está desde outubro penalizando servidores e a população em geral, com cortes salariais, demissões em massa, especialmente na saúde, e deixando bairros e mais bairros sem limpeza urbana, sem água e coleta de lixo?
Desde que perdeu as eleições, em 6 de outubro, a prefeitura está sem “gerente”. Tudo que era exaltado na campanha como a oitava maravilha do ano na cidade, deixou de existir, como em um passe de mágica. A redução na intermitência da água, gestão financeira eficiente e uma cidade boa para se viver.
A realidade atual é uma cidade com falta de água constante, como se fosse para penalizar mesmo a população que optou pela oposição. A coleta de lixo tem sido feita em alguns bairros apenas uma vez na semana, a limpeza urbana de varrição e desobstrução de bocas-de-lobo, ficou no passado.
O caixa da prefeitura era tão robusto que uma série de demissões vem sendo feita, justamente sob a alegação de falta de recursos. Aliás, o prefeito Kalil confirmou ontem , ao quitar o 13º salário de seu funcionalismo, que pode não ter caixa para pagar o salário de dezembro, imputando a culpa ao governo do Estado, que vai fazer repasses de ICMS aos municípios, somente após a virada do ano. Aí pergunto: Cadê aquela cidade tão caprichosamente mostrada de forma exaustiva os programas eleitorais? Cadê a gestão com as finanças bem avaliadas e com capacidade de pagamento validada pelos principais órgãos?
Fonte: diariodecuiaba.com.br