O baixo desempenho do chefe da Casa Civil do Estado nas pesquisas e enquetes sobre a preferência do eleitorado realizadas em Cuiabá nos últimos meses indicam que ele não é um nome competitivo para o cargo de prefeito da capital
O baixo desempenho repetido por Fábio Garcia nas pesquisas oficiais e em amostragens por enquete realizadas em Cuiabá nos últimos seis meses acenderam o alerta nos bastidores do grupo governista que apoia sua pré-candidatura para a Prefeitura da capital no ano que vem. Nos bastidores do Palácio Paiaguás já se murmura que ele não é competitivo o suficiente para um cargo executivo da envergadura do Executivo Municipal cuiabano e que ele deve desistir da empreitada nas próximas semanas.
A “gota d’água” para a frustração com a pré-candidatura de Garcia teria sido a última pesquisa divulgada nas mídias da capi-tal que apontaram um empate técnico entre os pré-candidatos Eduardo Botelho (UB) e Abílio Brunini (PL). Na pesquisa, realizada pelo Instituto Percent sob encomenda do portal O Documento e pela TV Cuiabá, o secretário de estado e deputado federal licenciado alcançou irrisórios 0,8% da preferência dos eleitores na modalidade espontânea e apenas 5,3% na estimulada, atrás de todos os outros cinco nomes apresentados aos eleitores entrevistados pelos pesquisadores do Percent.
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Uma série de fatores seriam considerados elementos negativos para o desempenho de Garcia diante de seus concorrentes. Analistas apontam que o Secretário Chefe da Casa Civil não passa ao eleitor cuiabano a imagem de ser uma pessoa acessível, que conhece a periferia da cidade e as mazelas de quem vive nos bairros mais distantes da cidade.
Apesar de pertencer à uma família tradicional da cidade e com membros fortemente vinculados à história política local, também pesa contra ele o fato de que, até pouco tempo atrás, Fabio Garcia residia e tinha domicílio eleitoral em Rondonópolis, o que expõe a sua falta de raízes mais profundas com Cuiabá.
Para além desses aspectos, também contaria contra Fábio Garcia o desconhecimento geral sobre o que ele pensa e o que ele fez como deputado federal.
“Fábio Garcia tem presença quase zero nas redes sociais e nas mídias de forma propositiva e proativa. Seu nome só ganhou maior projeção depois que começou a ‘brigar’ com o deputado Eduardo Botelho pela indicação do União Brasil como pré candidato e ser defendido abertamente pela primeira dama do estado, Virgínia Mendes e em seguida, pelo próprio governador. Isso mais atrapalhou que ajudou o Fábio, que passou uma imagem de ser uma espécie de ‘protegido’ da família do governador”, aponta um graduado membro do Governo que pediu para não ser identificado.
Enquanto Fábio Garcia patinha na ladeira escorregadia de acesso à rampa de larga da corrida à sucessão de Emanuel Pinheiro (MDB), o seu principal oponente interno na base de apoio ao Governo do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa avança como um trator para o topo da liderança das articulações para viabilizar sua candidatura a ponto de ter se descolado completamente do seu partido no momento, o União Brasil.
Rejeitado por Mauro Mendes e seu núcleo duro de apoio, Botelho passou a a condição de ‘noiva cobiçada” por várias outras legendas partidárias para executar seu projeto eleitoral.
Nos bastidores, fala-se que o parlamentar, cuja carreira política se iniciou tendo por base a vizinha cidade de Várzea Grande, contaria com o apoio garantido do “Triplo J”, apelido dado ao trio formado formado pelos irmãos Jayme Campos, senador, e Júlio Campos, deputado estadual, lideranças com forte influência em toda a região Metropolitana da capital, pela jovem liderança feminina, deputada Janaina Riva (MDB), que aliás, chegou ao comando da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa compondo chapa com Botelho.
Confirmando-se o apoio dos três, independente do partido em que esteja filiado, Eduardo Botelho, na prática, sela o fracasso do projeto eleitoral de Fábio Garcia à prefeitura de Cuiabá.
Fonte: copopular.com.br