MT: SANTA CASA DE CUIABÁ: Mães destacam melhorias nas UTIs neonatal e pediátrica

MT:  SANTA CASA DE CUIABÁ:   Mães destacam melhorias nas UTIs neonatal e pediátrica
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Com nova gestão de 20 leitos, a unidade é referência em Mato Grosso no tratamento de alta complexidade de recém-nascidos e crianças

Após surtos de infecções nas UTIs neonatal e pediátrica no início do ano, a troca de gestão coordenada pelo Governo do Estado já surte efeito na Santa Casa de Cuiabá, com significativa redução no mês de maio.

A nova gestão e reestruturação de procedimentos na unidade de saúde teve início em 10 de março. No local havia sido identificado 6 casos de infecção por Klebisiella nas 10 vagas da UTI neonatal e 3 casos de S. aureus na UTI pediátrica. Com a evolução dos dados, agora são apenas 2 casos na UTI neo e 1 na pediátrica.

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“Foram realizados treinamentos multiprofissionais, campanhas educativas abordando infecção por germes resistentes e medidas de prevenção, reforçando higiene de mãos, observação rigorosa de isolamentos, adesão ao uso de equipamentos de proteção individual. A adequação do espaço das UTIs neonatal e pediátrica, com mudanças da localização dos leitos. Tudo isso reduziu a chance de transmissão cruzada de microrganismos e também proporcionou uma melhor ambiência do setor”, aponta Rejane Vieira de Castro, coordenadora geral das UTIs Infantis Medsim, empresa responsável pela unidade.

A reformulação realizada pela Medsim melhorou a taxa de recuperação de pacientes e deu maior conforto no atendimento a recém-nascidos, crianças e acompanhantes.

Evelyn Silva viu de perto essa melhoria. Ela está acompanhando a filha Maria Clara, de 1 ano, desde 29 de dezembro de 2022. Elas são moradoras de Lucas do Rio Verde (a 330 km de Cuiabá), município onde a bebê sofreu uma queda.

Um dia após o acidente, Evelyn conta que a filha não abriu mais os olhos e recebeu o diagnóstico de perda de visão, além da identificação de um tumor no lado direito do crânio, cuja cirurgia de retirada deixou sequelas, com a paciente entrando em coma.

Passando pela troca de gestão, a mãe reconhece as melhorias no atendimento da filha. ”A gente é bem mais escutada, não que antes não fosse, mas hoje é colocado mais em prática as coisas com a gente e é um ponto positivo. A gente sente mais acolhida. Até o conforto de onde estamos é melhor do que antes”, afirma.

As mães ganharam um espaço de descanso novo, fora das UTIs, com poltronas novas, armários e TV. A direção saliente que a mudança “quebra” a rotina massiva de uma unidade de tratamento intensivo.

A melhora também foi apontada por Daniely Vaz, 30 anos, mãe do paciente Daniel, de 9 anos. Moradora de Gaúcha do Norte (a 583 km de Cuiabá), mãe e filho chegaram na Santa Casa encaminhados pelo Hospital Regional de Água Boa, após piora no diagnóstico de uma pneumonia.

“A gente fica meio perdido por estar longe de casa. Sem conhecer nada, ainda num desespero. Mas estão nos atendendo bem. Daniel está no processo de reabilitação, está fazendo hemodiálise. Agora ele já está bem melhor. A médica já falou que daqui uns 3, 4 dias a gente sai da UTI”, conta a mãe.

Outro paciente que percorreu uma longa distância para ter tratamento especializado é o pequeno Higor, de apenas 4 anos. A mãe, Claudete Marina, 33 anos, conta que eles saíram de Juruena (a 897 km de Cuiabá), após o diagnóstico de Ependimoma de Fossa Posterior (tumor no cérebro).

Na unidade de saúde desde 31 de março, a família chegou no começo da transição de gestão. Dentre as cirurgias e procedimentos para tratamento de Higor, Claudete pontua que o filho tem recebido o melhor tratamento possível.

“Não tenho o que reclamar, a gente sempre foi bem acolhido. Não é um momento fácil, né? Não. É muito difícil a gente sair de um lugar que não é a nossa realidade. Aí você vem pra uma cidade diferente, pessoas diferentes, não conhecem ninguém, mas a gente foi bem acolhidos. O Higor está tendo todo o atendimento que ele pode ter”, conta Claudete.

As três mães, Hevelyn, Daniely e Claudete compartilham do mesmo desejo: Voltar para casa com o filho bem. Essa esperança ganha força com a melhoria dos processos e o acolhimento oferecido aos pacientes e familiares, que muitas vezes percorrem longas distâncias para o tratamento necessário.

“O principal objetivo é devolver o seu maior bem precioso para as suas casas. Fazer a melhor assistência do que conseguimos hoje no mercado. Quando a mãe leva o seu bebê para casa, quando a devolvemos viva para a família e ver a gratidão, para nós é ainda mais gratificante. Quando não conseguimos alcançar esse objetivo, sofremos junto como pessoa, como profissionais. Mas no fundo também ficamos gratos porque fizemos o que deveria ser feito”, conta Suzany Silveira, coordenadora das UTIs.

Fonte:  copopular.com.br


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