Por ironia do destino ou coincidência, o governador Mauro Mendes (União) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) fazem aniversário nesta sexta-feira (12). Os rivais políticos completam 60 e 59 anos, respectivamente e são do signo de Áries.
Embora sejam antagônicos, na administração pública, os dois enfrentam juntos, uma espécie de “inferno astral”, período que antecede o aniversário e é popularmente conhecido como uma fase turbulenta, em que tudo dá errado.
No âmbito estadual, Mendes encara uma dura batalha para destravar as obras que prometem resolver os deslizamentos do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá).
Para tanto, o governo precisa do aval do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em meio a um cenário incerto e diante de burocracias ambientais, o chefe do Paiaguás aguarda em um cenário de incertezas se o projeto realmente irá ser aprovado.
Outro dilema também vivido por Mendes diz respeito a Lei do Transporte Zero, que proíbe o transporte, armazenamento e comercialização de algumas espécies do pescado pelos próximos 5 anos em Mato Grosso.
Após duas reuniões do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo e representantes da comunidade ribeirinha não chegaram a um acordo sobre o assunto. Agora, o relator do caso, ministro André Mendonça, vai decidir se irá manter ou não a validade da lei no Estado.
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Emanuel Pinheiro
Já o prefeito Emanuel Pinheiro também trava grandes batalhas em seu último ano de gestão no Palácio Alencastro. Uma delas está em andamento na Câmara de Vereadores e trata da Comissão Processante que pode cassar o seu mandato do gestor municipal, acusado de chefiar uma organização criminosa na saúde.
O gestor já apresentou sua defesa contra a investigação, mas os membros do grupo de inquérito decidiram manter o processo sob a justificativa de que os argumentos apresentados pelo prefeito são frágeis.
Já no âmbito judicial, Emanuel amargou novas derrotas para tentar as obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em Cuiabá. O município contestou a liberação do projeto sem a necessidade de licenciamentos prévia. No entanto, a Suprema Corte manteve o “sinal verde” para que o Estado seguisse com as obras.
Porém, este não é o único – nem o mais grave – problema de Emanuel. O gestor ainda enfrenta duros embates contra servidores da Saúde. Com indicativo de greve, servidores cobram o pagamento de benefícios e a regularização do adicional insalubridade, que chegou a ser cortado devido ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado após a intervenção.
Fonte: gazetadigital.com.br