Dados indicam que a quantidade de pessoas em extrema pobreza reduziu em Cuiabá. Por outro lado, aumentou o número dos que vivem em situação de pobreza.
Um boletim feito pelo Observatório das Metrópoles, divulgado na última segunda-feira (08), aponto que 22% da população em Cuiabá está em situação de pobreza.
De acordo com os dados, na Capital de Mato Grosso em 2020 – pico da pandemia da covid-19 – o número de pessoas nessas condições era de 190.276. Já nos primeiros meses deste ano, o número subiu para 208.165.
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Os dados em relação ao número de pessoas em situação de extrema pobreza na Capital apresentaram redução. Em 2020, foram 25.326 pessoas vivendo nesta condição. No ano passado, o número caiu para 22.952, o que representa uma queda de 2,4%, de acordo com o levantamento.
“Em valores de 2021, a linha de pobreza é de aproximadamente R$ 465 e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$ 160. Ou seja, moradores de domicílios cuja renda per capita se encontra abaixo de tais valores serão classificados como pobres e/ou extremamente pobres”, explica o documento.
Segundo a pesquisa, mais de 3,8 milhões de brasileiros, que moram nas metrópoles no país, entraram em situação de pobreza nos últimos anos.
Os fatores apresentados no boletim, que contribuíram para o agravamento dessa situação, foram o cenário de recessão econômica e o aumento das desigualdades sociais.
Ano passado, a fila de pessoas em busca de ‘ossinhos’ na frente de um açougue de Cuiabá chocou o Brasil, após uma série de reportagens. Dezenas de pessoas passam a madrugada na porta do estabelecimento para conseguir a doação.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social informou que realiza ações de atendimento à população em situação de vulnerabilidade social, por meio de uma série de ações.
A pesquisa
A pesquisa utilizou dados referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), com base na renda domiciliar per capita total.
O recorte utilizado se referiu às 22 principais áreas metropolitanas do país.
A pesquisa também é feita pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).
Fonte: reportermt.com